A bancada do PT na Assembleia Legislativa lamenta a morte de Bebeto Alves, ocorrida na madrugada desta segunda-feira, aos 68 anos de idade, e solidariza-se com familiares e amigos. Dono de uma das grandes vozes da música regionalista, Bebeto enfrentava um câncer de pulmão, agravado por uma embolia, vindo a falecer no hospital Dom Vicente Scherer, em Porto Alegre, onde estava internado.
Assim como os também músicos gaúchos, Jimi Joe e King Jim, Bebeto era transplantado – em 2013 recebeu um fígado. Passou muitos anos tratando de uma Hepatite C que evoluiu para tumor. Por saberem da importância da doação de órgãos, em 2014, os três amigos, que foram atendidos por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), fizeram um show chamado “Os 3 Plantados”, como forma de agradecer e retribuir. “É importante doar órgãos e salvar vidas. Somos sobreviventes, mas muitos parceiros não tiveram a mesma sorte”, disse Bebeto à época.
Ícone da cultura rio-grandense, Bebeto deixa mais de 30 discos lançados, com músicas gravadas por Ana Carolina, Belchior, Ednardo, Kleiton e Kledir, Tânia Alves, entre outros. Nos últimos anos, Bebeto dedicou-se ao trabalho como artista visual e estava com uma exposição fotográfica na Galeria Municipal de Arte Liana Brandão, de São Leopoldo.
Entre os destaques de sua carreira como músico, estão a coletânea Paralelo 30, de 1978, composta somente por artistas gaúchos. Em canções como Pegadas, Quando eu chegar, De um bando, Milonga pra louco, Mandando Lenha, Bebeto Alves encantou gerações, falando da vida, de sonhos e de lutas.
Bancada do PT na Assembleia Legislativa
Texto: Claiton Stumpf (MTB 9747)