OUSAR LUTAR, OUSAR VENCER: DIÓGENES PRESENTE!

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A Bancada do Partido dos Trabalhadores na ALRS manifesta seu profundo pesar pelo falecimento do filiado e sempre militante Diógenes Carvalho de Oliveira, na madrugada desta sexta-feira, 28.10, em consequência de câncer. Queremos estender nossa solidariedade aos filhos Rodrigo e Guilherme, demais familiares e a toda militância do PT e da esquerda que hoje está enlutada.
Diógenes iniciou sua militância ainda na juventude, aos 17 anos, quando integrou o Partido Comunista Brasileiro, participando ativamente do Movimento da Legalidade. Foi bancário e funcionário da CEEE, participando como sindicalista da resistência ao golpe civil-militar, em 1964. Foi preso e torturado durante a ditadura militar. Sua cela, hoje, faz parte do Museu da Resistência/SP. Do corredor da morte, no DOPS, foi enviado para o México, em troca do cônsul japonês de São Paulo. De volta ao Brasil, engajou-se na construção do Partido dos Trabalhadores, foi candidato a vereador e, em 1990, foi Secretário dos Transportes na gestão de Olívio Dutra. Em 2001, foi vítima de um processo político, quando a direita, por vias institucionais, tentou derrubar o então governador Olívio Dutra. Diógenes foi absolvido em todas as instâncias jurídicas. Em 2014, lançou sua biografia Diógenes O Guerrilheiro.
Diógenes nos deixa seu exemplo de dignidade e de capacidade de lutar sempre. Mesmo doente, era presença certa nas caminhadas e manifestações. Nos deixou seu lema “ousar lutar, ousar vencer” e seu legado de luta e esperança. Suas ideias por um mundo mais justo e solidário são nossas sementes.

Bancada do PT na ALRS

Segue a Nota do PT Nacional

NOTA DE PESAR E HOMENAGEM A DIÓGENES JOSÉ CARVALHO DE OLIVEIRA

A Direção Nacional do Partido dos Trabalhadores lamenta o falecimento de Diógenes Carvalho de Oliveira, na madrugada desta sexta-feira, 28.10, em consequência de câncer.

Diógenes nasceu em 1942, em Júlio Castilhos, Rio Grande do Sul.  Filho e neto de maragatos, aos 17 anos integrou o Partido Comunista Brasileiro, participando ativamente do Movimento da Legalidade. Foi bancário e funcionário da CEEE, participando como sindicalista da resistência ao golpe civil-militar, em 1964. Perseguido, Diógenes foi para o exílio em Montevidéu, militou no Movimento Nacionalista Revolucionário (MNR) ao lado de Leonel Brizola e na OLAS (Organização Latino-Americana de Solidariedade) de Salvador Allende, quando conheceu Ernesto Che Guevara. Já em São Paulo, junto com Onofre Pinto e outros militares e operários remanescentes do MNR funda a Vanguarda Popular Revolucionária, onde atuou ao lado de Carlos Lamarca. Preso em 1969, torturado barbaramente, sua cela, hoje, faz parte do Museu da Resistência/SP. Do corredor da morte, no DOPS, foi enviado para o México, em troca do cônsul japonês de São Paulo. No exílio, com sua companheira, Dulce de Souza Maia, do México, Diógenes viveu em Cuba, Coréia do Norte, Chile, Bélgica e Portugal, durante a Revolução dos Cravos, em 1974. Seu último refúgio como expatriado foi em Guiné-Bissau, ex-colônia portuguesa na África, onde residiu durante oito anos e foi membro ativo do governo e desenvolveu projetos inovadores de gestão pública.  Lá conheceu a portuguesa Marilinda Marques Fernandes, mãe de seus dois filhos Rodrigo e Guilherme.

Ao retornar ao Brasil, em Porto Alegre, trabalhou com o vereador Valneri Antunes/PDT. Logo se engajou na construção do Partido dos Trabalhadores, foi candidato a vereador e, em 1990, foi Secretário dos Transportes na gestão de Olívio Dutra. Em 2001, foi vitima de um processo político, quando a direita, por vias institucionais, tentou derrubar o então governador Olívio Dutra. Diógenes foi absolvido em todas as instâncias jurídicas. Em 2014, lançou sua biografia Diógenes O Guerrilheiro.

Perdemos um homem de dignidade e coragem ímpares, desses que são imprescindíveis, dos que honram a trajetória do PT e da luta do povo brasileiro em defesa da democracia, liberdade, direitos e soberania. Seu lema “Ousar Lutar, Ousar Vencer” nunca foi tão atual. Diógenes, Presente!