O governo federal lançou o Plano Safra 2022/2023, que vai disponibilizar um total de R$ 340,88 bilhões em financiamentos para apoiar a produção agropecuária nacional até junho do próximo ano. O valor, segundo o Ministério da Agricultura, representa aumento de 36% em relação ao Plano Safra anterior, que disponibilizou R$ 251 bilhões a produtores rurais.
De acordo com o deputado estadual Zé Nunes (PT), havia uma ansiedade por todo o setor produtivo do agro brasileiro pelo lançamento do Plano Safra, já que desde fevereiro não existiam mais recursos de investimentos do Plano anterior e para o custeio da safra de inverno. “É positivo o aumento de 36% no aumento geral dos recursos, no entanto, o custo de produção aumentou muito e, mesmo com esses 36%, não conseguiremos fazer o mesmo número de lavouras do ano passado”, alertou.
Outro ponto examinado pelo parlamentar é o incremento de apenas 18% nos recursos controlados, aqueles em que há a equalização com recursos do tesouro nacional, enquanto os recursos livres aumentaram em 70%. “O que significa que o impacto na taxa de juros é muito alto. O custeio do Pronaf teve um aumento na taxa de 33% e o custeio da agricultura da faixa empresarial passa de 7,5% para 12%”, advertiu.
Zé Nunes apontou ainda a alta dos juros para programas importantes como o Inovagro (Inovações Tecnológicas nas Propriedades Rurais), Moderagro (Modernização da Agricultura e Conservação de Recursos Naturais) e armazenagem, que superou 8% ao ano.
Texto: Marcela Santos (MTE 11679)