Para Jeferson, situação do IPE Saúde é culpa do governo dos partidos da Base

Foto Vanessa Vargas

O deputado estadual Jeferson Fernandes (PT) criticou o governo do Estado e os partidos da Base do governador no Legislativo pela situação caótica do IPE Saúde, plano de saúde dos servidores estaduais, que sofre pelo descredenciamento de profissionais, de hospitais e Casas de Saúde, e pela falta de atendimentos de emergência. A manifestação ocorreu na tarde desta terça-feira (14/06), durante votação de projeto de Lei que prorroga contratos emergenciais do IPE Saúde. “É Incompetência ou má fé. A responsabilidade é do governo, mas esta Casa tem culpa por essa situação, já que aprovou o fim da paridade de participação da sociedade no Conselho Gestor do IPE, deixou rifarem o patrimônio do Instituto e congelar os salários dos servidores por seis anos, o que vai impactar ainda mais a receita e prestação dos serviços”, destacou.

O parlamentar lembrou que quando se fala em IPE Saúde “estamos falando sobre vidas”. E disse nunca ter visto tantos pedidos de socorro de pais a procura de atendimento para filhos. “Não tem pediatras em emergência para crianças e também não há profissionais nas especialidades médicas”, ressaltou. O petista contou ainda que há  hospitais cujos repasses estaduais estão em atraso. “São R$ 340 milhões que o governo ficou de repassar, mas não o fez. Eles preferem deixar pessoas morrerem na fila”, lamentou.

Jeferson lembrou que, apesar de alegar não ter recursos, o governo gaúcho pretende doar R$ 500 milhões para concluir obras em estradas de competência da União. “Para salvar vidas, não tem R$ 340 milhões”, denunciou. Ele lamentou que a Casa Legislativa esteja submissa ao governo Ranolfo.  “Há uma tática de precarização dos serviços, chancelada pelo Legislativo, para provar que não funcionam e, assim, privatizá-los. O Executivo é vocacionado a precarizar tudo, de má fé, para vender. No caso do IPE, quer entregar uma carteira de clientes de mais ou menos 1 milhão de pessoas para agradar o mercado e não o povo gaúcho. É uma temeridade”, finalizou.

Texto: Andréa Farias (MTE 10967)