Stela Farias cobra solução para o IPE e defende suspensão do plano de concessão de rodovias

Foto Joaquim Moura

A deputada Stela Farias denunciou nesta terça-feira (31) a crise do IPE-Saúde e defendeu que o governo do Estado abandone o plano de concessão de rodovias. Para a parlamentar, os dois temas são de grande importância para a sociedade gaúcha e ambos precisam da mobilização da população para que o governo Ranolfo tome providências.

Stela observou que há, na Assembleia Legislativa, frentes parlamentares e comissões especiais acompanhando o tema, mas que todo o esforço está sendo insuficiente. Ela advertiu que a ameaça dos hospitais e clínicas de suspenderem o atendimento pelo IPE Saúde vai provocar o caos no sistema de saúde. “Já estamos vivendo, em pleno inverno, uma situação de precarização já aprofundada no pós-covid-19 e agora ainda teremos sobre nossos ombros a possibilidade de não ter um instituto que atende a mais de um milhão de usuários no estado do Rio Grande do Sul”, alertou.

A deputada também falou da luta que tem construído o “Movimento RS-118 Sem Pedágio”, que resultou em uma vitória nesta terça-feira com o anúncio por parte do governo, que admite a possibilidade de não instalar a praça na ERS-118. “Uma vitória das lideranças empresariais, políticas e comunitárias da região, que tem que ser saudada. Estão há mais de um ano lutando contra este absurdo de uma praça urbana na mais populosa área da região Metropolitana de Porto Alegre e que vai atingir diretamente os municípios de Alvorada e Viamão, que são os dois menores PIBs per capita do Estado”, disse.

Segundo a deputada, o recuo do estado, no entanto, não significa que o risco se extinguiu. “O governo precisa abandonar definitivamente o plano de pedagiar essa rodovia urbana de fluxo diário que sacrifica mais de 50 mil moradores de Alvorada e mais de 90 mil de Viamão que se deslocam diariamente por ela”, defendeu. Stela disse ainda que foi paralisado o Bloco 1, mas que voltarão a fazer novos estudos junto ao BNDES. “Na minha opinião, todo o processo de concessão é um grande equívoco, pois remonta a experiência malfadada de (o ex-governador, Antônio) Britto, que nos levou durante 15 anos a termos praças de pedágios que aviltavam o bolso dos gaúchos. Hoje teremos com esse intento e essa homologação do Bloco 3 da Serra, gaúcha, 30 anos de tarifas aviltantes, por isso somos contrários”.

Texto: Claiton Stumpf (MTB 9747)