Fotos: PGR
A bancada do PT acompanhou a comitiva de empresários e técnicos da área de transporte e logística, no Ministério Público do Estado (MPE), para apresentar os prejuízos que serão causados ao Estado pelo programa de concessões de Rodovias do Governo do Estado. O Movimento RS-118 Sem Pedágio entregou ao Procurador-Geral de Justiça do Ministério Público (MP/RS), Marcelo Lemos Dornelles, um diagnóstico sobre os graves impactos econômicos e sociais, do programa de concessões do governo estadual, que vai implantar um pedágio a cada 50 quilômetros. Durante a reunião foi discutida a instalação de uma praça de pedágio entre os municípios de Gravataí, Viamão e Alvorada, na RS/118, pelo chamado bloco 1, que abrange rodovias da Região Metropolitana e que provocará como consequência a fuga de investimentos e o crescimento do desemprego em alguns dos municípios mais pobres do Estado.
O líder da bancada PT, deputado Pepe Vargas, destacou que a Lei de Concessões deve seguir o princípio da Motricidade Tarifária. No entanto, a proposta do governo, segundo o parlamentar, fere essa premissa. “Temos pedágios no valor de 0,1 centavos por quilômetro e outros no valor 0,17 por quilômetro”, comparou. O parlamentar espera que o governo não abra os editais de licitação para os blocos 1 e 2”, sem antes ouvir a comunidade e reavaliar. Pepe lembrou a situação do bloco 3, que abriga a região da Serra e Vale do Taquari, em que a concessão agora guarda apenas homologação do contrato pelo governo estadual à Integrasul. “Vai onerar totalmente a sociedade gaúcha por 30 anos”, alertou. “Um caminhão vai pagar 240 reais por uma viagem de 130 quilômetros e um veículo de passeio 40 reais”, explicou.
A deputada Stela Farias destacou o absurdo da instalação de uma praça de pedágio entre os municípios de Gravataí e Alvorada. “É inconcebível! São cidades com o menor PIB do estado. E diante da brutal crise econômica e de desemprego que vivemos, a população desses municípios ainda estará submetida à perspectiva de uma praça de pedágio que pode cobrar até R$ 10 para a população ir e vir entre os municípios como Gravataí, Alvorada, Viamão”, denunciou.
Estiveram presentes na reunião, o deputado federal Marcel van Hattem; deputada estadual Any Ortiz; deputada estadual Stela Farias; deputado estadual Tiago Simon; deputado estadual Giuseppe Riesgo; deputado estadual Fábio Ostermann; Gilberto Rodrigues, diretor-executivo da Federação das Empresas de Logística e Transporte de Cargas no Rio Grande do Sul – Fetransul; Raquel Caleffi, advogada da Fetransul; Paulo Ziegler, diretor técnico da Fetransul; Darcy Zottis, coordenador do Movimento RS-118 Sem pedágio; Simone Rapone, e do Movimento RS 118 Sem Pedágio.
Texto: Silvana Gonçalves (MTB 9163) e Luciane Franco MTB 7744