domingo, 24 novembro

Foto: Milton Bernardes

 

Nesta quarta-feira (4), o deputado estadual Zé Nunes (PT), acompanhou os movimentos sociais do campo (MST, Fetraf, MPA e Unicafes), em agenda com o secretário de Estado da Fazenda, Marco Aurélio Santos Cardoso. Na pauta, a solicitação de maior agilidade e efetivação dos compromissos já assumidos: auxílio e crédito emergencial.

De acordo com Zé Nunes, há oito meses os movimentos sociais estão esperando, mas o governo segue omisso, e sem projeto para a agricultura familiar. “A situação é dramática e esse governo é insensível em relação às perdas, ocasionadas pela estiagem e sem atitude em relação ao seu compromisso com o setor”, criticou. “Em conversa por telefone com o secretário chefe da Casa Civil, Arthur Lemos, ele se comprometeu em encontrar uma solução para as reivindicações dos agricultores até o dia 19 de maio”, adiantou Zé Nunes.

O secretário Cardoso informou que o governo está fazendo as últimas tratativas para lançar o Programa de Auxílio Emergencial, até o final do mês de maio, e a responsabilidade será da Secretaria da Agricultura e da Casa Civil.

Em relação ao financiamento de R$ 10 mil por família, com aporte de juros por parte do governo, ele falou dos R$ 24 milhões para o Programa Avançar, e informou que a pauta não é de sua alçada. Sobre o segundo programa de financiamento de R$ 10 mil por família, com aporte de custo financeiro do Estado, disse que é preciso que a Casa Civil se pronuncie. Já o programa do auxílio emergencial, segundo ele, é pensado a partir de recursos próprios, e não tem como dizer volume desse investimento.

Antes da reunião, cerca de 700 agricultores familiares e camponeses realizaram manifestação em frente à Secretaria. Durante o dia, eles seguirão em mobilização com objetivo de cobrar o anúncio de como e de que forma chegará às medidas anunciadas até os agricultores. Considerada a pior estiagem dos últimos 30 anos, levando dos 497 municípios do Estado, 409 decretarem situação de emergência, essa é a primeira vez, depois da redemocratização, que os agricultores se deparam com um governo tão insensível com a situação.

Ainda no dia 10 de janeiro, as entidades do campo apresentaram as reivindicações dos agricultores familiares e camponeses desde lá têm buscando incessantemente construir e pautar o governo do Estado, entretanto, o governo desinteressado e insensível com a situação, só enrolou os agricultores, fazendo anúncios que não se efetivaram e que não chegaram até quem mais precisa.

 

Texto: Marcela Santos – MTb 11679

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