O Regime de Recuperação Fiscal é remédio amargo para a população gaúcha, diz Edegar Pretto

Foto: Guerreiro

 

O deputado estadual Edegar Pretto (PT) usou a tribuna da Assembleia Legislativa, durante sessão plenária na tarde desta terça-feira (03), para tratar do PLC 48 2022, do Executivo, que altera Lei Complementar e estabelece normas de finanças públicas no âmbito do Estado, conhecido como Regime de Recuperação Fiscal. Ao abordar o tema, o parlamentar disse que é muito importante que todas as pessoas saibam, de fato, do que se trata o projeto em discussão na Casa. Para isso, lembrou que a dívida começou em 1998, quando o então governador Antônio Britto fez um empréstimo de R$ 9,5 bilhões. De lá para cá, informou Pretto, o Estado já pagou R$ 37 bilhões e ainda deve mais de R$ 70 bilhões. “Uma negociação tão mal feita que hoje o valor é oito vezes mais o valor original da dívida”, apontou o deputado petista.

Edegar Pretto é defensor de que o RS não faça o acordo. Ainda na tribuna, ele destacou que o Rio Grande do Sul não pode aceitar ficar de joelhos perante um Conselho Nacional, que segundo ele, vai ditar lá de Brasília como será gasto o dinheiro do Estado. “O governo gaúcho e sua base não podem tirar a nossa altivez e nos submeter ao descaso e ao vexame. Não podemos aceitar que nos coloquem numa situação lamentável como essa”, criticou.

Edegar Pretto finalizou com um apelo aos colegas, para que votem contrário a essa injustiça que está sendo feita com gaúchos e gaúchas. “Querem impor uma medida que por 10 anos vai barrar investimentos. Nosso estado pode mais do que tem hoje, e precisamos manter a autonomia, porque somos um estado grande e forte. O Regime de Recuperação Fiscal, que o atual governo do Estado quer votar no apagar das luzes, é mais um remédio amargo para a população gáucha”, concluiu.

Texto: Leandro Molina