Técnicos administrativos dizem que situação salarial é desesperadora e pedem socorro aos deputados

Foto Reprodução Marta Resing

A Comissão de Segurança, Serviços Públicos e Modernização do Estado ouviu, na manhã desta quinta-feira (28), representantes da Associação dos Técnicos Administrativos do Estado (ASTAP), que apresentaram um “pedido de socorro” aos deputados em relação à situação remuneratória da categoria.

Em sua manifestação, a deputada estadual Sofia Cavedon (PT) afirmou que essa é mais uma das faces perversas do legado do governo Leite para o Estado. “Servidoras e servidores administrativos apresentando seus salários aviltados, que não chegam ao salário-mínimo regional E o ex-governador diz que virou a página do Estado, só se for para o extinguir! Seis por cento proposto agora não significa nada”, destacou a parlamentar.

O presidente da entidade, Thomaz Willian, classificou a situação de desesperadora e revelou que os agentes administrativos têm um salário básico de R$ 1 mil. Para que os vencimentos não sejam considerados ilegais, recebem uma parcela autônoma de R$ 243,00 e assim atingem o valor do salário-mínimo nacional. O impacto do reajuste proposto pelo governo, segundo ele, será de apenas 60,00 no contracheque dos servidores, que estão há mais de sete anos sem reposição.

O dirigente sindical revelou ainda que 85% da categoria tem parte dos vencimentos comprometidos com empréstimos consignados, mais 40% realizam outras atividades para sobreviver (Uber e aplicativos de entrega) e 65% estão endividados. Conforme Willian, a disparidade com outras categorias do Estado, que desempenham as mesmas atribuições, é gritante. Citou como exemplo os técnicos administrativos da Procuradoria-Geral do Estado (PGE), que têm um vencimento básico de R$ 3448,00.

Ele solicitou aos deputados a instituição de um vale-rancho de R$ 700,00, como medida emergencial, e a formação de duas frentes parlamentares (uma para defender a segurança alimentar da categoria e outra para discutir a modernização da carreira), além da realização de uma audiência pública para discutir o assunto, que já estava na pauta da comissão e foi aprovada na reunião de hoje.

Texto: Marta Resing (MTE 5405) com informações da Agência de Notícias da ALRS