Edegar Pretto debate desenvolvimento regional no Alto da Serra do Botucaraí, Planalto e Alto Uruguai

Encontro em Passo Fundo. Foto Rafael Stédile

Em roteiro de trabalho pelo interior do Rio Grande do Sul e focado no desenvolvimento das regiões, o deputado estadual Edegar Pretto (PT) se reuniu neste final de semana com trabalhadores, trabalhadoras e representantes de diversos setores do Alto da Serra do Botucaraí, Planalto e Alto Uruguai.

O primeiro encontro foi na Câmara de Vereadores de Soledade, onde o deputado recebeu de lideranças, movimentos populares e sindicais a demanda de pensar estratégias de recuperação para os municípios da região, que vivem situação de empobrecimento por falta de incentivo aos pequenos agricultores e a outros setores produtivos.

Pretto destacou a agricultura como uma das pautas que sempre esteve entre as suas prioridades por entender que se o agricultor familiar não tiver como continuar plantando e produzindo alimentos, o caminho é a locação das suas terras para os grandes produtores de grãos, enquanto eles e suas famílias vão trabalhar de empregados desses grandes produtores que exportam toneladas.

“Não sou contra às grandes produções, muito pelo contrário, mas a agricultura familiar é responsável por 70% dos alimentos que vão para as nossas mesas. Por isso os governos, tanto o estadual quanto o federal, precisam criar oportunidades para essas famílias que tiram da terra o que é essencial para a nossa vida, que é o alimento”, disse.

A educação também foi destaque na reunião, com repúdio às constantes ações que vêm precarizando o ensino superior público no Brasil. Os participantes também defenderam investimentos na unidade da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (Uergs), localizada em Soledade.

No Sindicato dos Metalúrgicos de Passo Fundo, o deputado reforçou que o estado precisa retomar o protagonismo de ser o grande impulsor do desenvolvimento do RS, tendo os diversos setores produtivos como parceiros. Pretto reforçou que a agricultura é uma das áreas que precisam de atenção, com urgência. Este ano, devido à escassez de chuva, a região Norte foi uma das mais prejudicadas na produtividade de culturas. Para o deputado, é inadmissível que os governos continuem tratando com medidas paliativas esse problema, que impacta de forma recorrente o desenvolvimento e a economia do estado.

“Vocês sofreram muito com a seca aqui na região, e os governos estadual e federal viraram as costas. Eu estava na comitiva da Assembleia Legislativa que foi a Brasília em busca de ajuda para os agricultores e agricultoras. E foi no Ministério da Agricultura que tivemos a maior decepção. Pediram ajuda a nós para buscar recursos no Ministério da Fazenda. Que governo é esse? Que insensibilidade e falta de noção. Investir em setores como o da agricultura, que são importantes para a economia e que colocam na nossa mesa o que é essencial para vida, é uma obrigação do Estado”, afirmou.

Já em Itatiba do Sul, no Clube Uassari, o acesso asfáltico foi apontado como um dos principais investimentos para o município, uma vez que a movimentação facilitada das comunidades garante o desenvolvimento de diversos setores, como a saúde, a educação e a agricultura. Segundo lideranças locais, mais de 10  municípios do Alto Uruguai lutam pelo acesso asfáltico e pedem que essa pauta seja nacionalizada por entender que é impossível desenvolver uma cidade, onde tem-se dificuldade de chegar até ela.

Outro fator que penaliza os pequenos municípios é a saúde pública. Hoje a Fundação Hospitalar Santa Terezinha de Erechim atende toda a região, mas com a insuficiência dos repasses federais, os municípios precisam complementar esses valores. Ainda em Itatiba do Sul, Pretto participou do 16º Jantar da Agricultura Familiar, evento para valorizar a produção e a gastronomia da região e também celebrar os 57 anos do município.

Também estiveram presentes nos eventos os deputados federais Paulo Pimenta, Elvino Bohn Gass e Dionilso Marcon; lideranças e autoridades partidárias; representantes do CPERS Sindicato, de Sindicatos de Trabalhadores Rurais e do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB); e servidores públicos das áreas de educação, saúde e segurança.

Texto: Leandro Molina (MTE 14614)