Jeferson celebra o que chamou de Dia da Resistência Indígena

Foto Greice Nichele

Ao utilizar a tribuna, durante sessão plenária desta terça-feira (19), o deputado Jeferson Fernandes dedicou o espaço de liderança para lembrar do Dia do Índio, “que eu prefiro denominar como Dia da Resistência Indígena”. Jeferson resgatou um pouco da história indígena no Brasil, “vivemos num país que na época da vinda dos europeus havia por volta de 4 milhões de povos originários vivendo aqui e passamos por 522 anos de extermínio de pessoas e valores imateriais que são a cultura indígena”.

Para Jeferson não foi diferente no Estado do RS, “nós gaúchos e gaúchas temos que também lembrar que em nosso território temos 33 mil pessoas que se auto denominam indígenas tanto caingangue, guarani, choclens e charruas e esse povo guerreiro merece a nossa consideração”. O parlamentar revelou um dado que consta em recente relatório feito pelo Conselho Estadual de Povos Indígenas (CEPI), preocupante segundo ele: “81% dessa população está classificada como em situação de miséria, vivendo com metade de um salário mínimo por família para sobreviver”.

O deputado afirmou que é chegado o momento de reconhecer a grandeza cultural desses povos que resistem, “mas não só com palavras, todos os dias do ano temos que ter compromisso com aqueles que estavam aqui muito antes de os europeus chegarem”. Jeferson ressaltou que, por conta do Tratado de Madri, toda a região missioneira foi destinada a Espanha e, posteriormente para Portugal. “Foi quando tivemos a resistência dos Sete Povos, indígenas e os padres jesuítas lutaram durante três anos, resistiram a dois exércitos. Uma batalha que exterminou mais de mil índios guaranis e até hoje essa história é escondida da população” finalizou.

Texto: Raquel Wunsch (MTE 12867)