O vice-líder da bancada do PT na Assembleia Legislativa, deputado Luiz Fernando Mainardi ocupou um tempo de liderança para manifestar solidariedade ao governador recém empossado, Ranolfo Vieira Júnior, por ter sido vaiado em agendas da Presidência da República nos municípios de Pelotas, Bagé e Passo fundo, na última sexta-feira. Para o parlamentar, a passagem do presidente Jair Bolsonaro no estado foi carregada de simbolismos e expôs a forma como o governo federal age frente a aquilo que julga seus adversários.
O que se viu na TV, segundo Mainardi, foi uma total falta de respeito de quem acompanhava as agendas em não permitir que os interessados ouvissem o governador, seja presencialmente ou pela TV. “O governador Ranolfo não é adversário, é governador de todos nós. Exerce papel conquistado nas urnas. Exerce um papel na medida em que o governador eleito renunciou, pediu para sair”. O fato de o público não tê-lo permitido falar, complementou o deputado, impediu que os gaúchos pudessem compreender as boas vindas que o governador estava desejando ao presidente e agradecendo as obras de responsabilidade do governo federal, obras estas que vêm de muito tempo e que perpassaram os governos de Michel Temer e Dilma Rousseff. “No caso da oncologia de Bagé, faz mais tempo ainda. É uma luta de 30 anos. Há 20 anos quando fui prefeito construímos o prédio onde hoje se instala a oncologia, mas que aliás não está nem pronto, pois os equipamentos da quimioterapia ainda não chegaram”.
Os gestos de concordância do presidente da República e como ele se comportou frente às vaias ensurdecedoras dos convidados que aplaudiam o presidente e vaiavam o governador; à prefeita de Pelotas, Paula Mascarenhas; e ao deputado Matheus Wesp, de acordo com o parlamentar, demonstram não só uma falta de educação e de respeito ao governador, à prefeita e ao deputado, mas a todos os gaúchos e gaúchas. “O que chama a atenção foi o gesto de concordância do presidente com seu sorriso que transmitia a felicidade e a maldade. Não resta outra alternativa para quem é democrata dizer da nossa inconformidade, indignação e repugnância do que vimos nos três atos de uma turma que vai para estabelecer apenas um gesto ofensivo e indigno e que certamente vai ter respostas aí na frente do governador ou dos democratas como um todo”.
Texto: Claiton Stumpf (MTB 9747)