O governador Eduardo Leite finalmente decidiu “salvar” o IPE Saúde. Resolveu agir agora, depois de passar quase quatro anos negligenciando a instituição, desconsiderando hospitais credenciados e usuários que mantém o plano. Mas não foi por preocupação com as mais de um milhão de pessoas atendidas pelo plano de saúde. Leite só saiu da inércia por pressão da mídia e dos próprios hospitais e clínicas, que dependem do IPE para continuar funcionando.
Uma atitude que demonstra falta de empatia, por parecer nunca ter precisado de um plano de saúde público. Como se não fizesse ideia da necessidade que tem um professor, com salário de mil e oitocentos reais líquidos, congelado há oito anos, por um plano de saúde pago quase pela vida inteira.
Por isso, o governador deve explicações. O que fez com o dinheiro que os servidores e servidoras descontaram religiosamente todos os meses? Porque manteve o IPE Saúde à mingua durante três anos e meio, para só agora anunciar recursos e saneamento da instituição?
A realidade é que o IPE saúde está quase falindo por má administração justamente de quem se coloca no pedestal de um grande gestor púbico, mas não passa de um político despreparado, que olha só para seus interesses ideológicos e não os do Estado.
Stela Farias, Deputada estadual (PT-RS)