Sofia Cavedon ressalta os avanços ainda necessário para as mulheres no RS

Foto: Greice Nichele

A deputada Sofia Cavedon usou a tribuna da Assembleia Legislativa, na tarde desta terça-feira (08), para falar sobre o Dia Internacional da Mulher. Ela registrou que a luta das mulheres ainda tem muitos desafios, em especial no Rio Grande do Sul. “Infelizmente o RS registrou no ano passado aumento no número de feminicídios, enquanto outros crimes contra a vida diminuíram 12% o feminicídio aumentou 21%, 97 mulheres perderam a vida em 2021 só por ser mulher. Essa ponta do iceberg acende uma luz de alerta para uma mudança cultural que temos que promover” afirmou.

Sofia apontou que são necessárias mudanças estruturais em relação as políticas públicas que protegem as mulheres e que ainda falham. “Ainda são poucas e fragmentadas, e que mesmo diante de um crime anunciado elas não são efetivas” lamentou. A parlamentar revelou que estudos do Tribunal de Justiça mostram que existe uma nova geração, de faixa etária de até 40 anos, de quem pratica e sofre violência. “Isso significa que nós continuamos produzindo relações sexistas, que continuamos formando pessoas de maneira desigual, continuamos perpetuando a violência como um comportamento possível, que existe e permanece na relação entre homens e mulheres. Essa mudança tem que acontecer na sociedade, nas igrejas, nos partidos políticos, na escola” disse.

A parlamentar assume, nesta quarta-feira (09), a Procuradoria da Mulher da Assembleia Legislativa e “nossa tarefa como parlamentares que somos é compreender que essas estruturas precisam de alteração. A luta que as deputadas fizeram aqui no ano passado, de ampliar o orçamento para políticas públicas que atenda as mulheres, parece que surtiu efeito e o governo anunciou para este ano mais de R$ 16 milhões” lembrou ela que a tarefa agora é a de fiscalizar.

Ao finalizar seu discurso ela lembrou que o feminismo nunca matou ninguém, “o feminismo constrói igualdade, reciprocidade, indica que um mundo feliz e democrático com mulheres libertas”.

Texto: Raquel Wunsch (MTE 12867)