Ao lado do ex-governador Olívio Dutra e de outros deputados, o presidente da Assembleia Legislativa, Valdeci Oliveira, marcou presença nesta terça-feira (1), na 44a edição da Romaria da Terra, realizada no município de Ilópolis, no Vale do Taquari. Pautado pelos temas da Agricultura Familiar e da Agroecologia, o evento chamou a atenção para a grave situação da estiagem, a falta de apoio aos trabalhadores e trabalhadoras do campo e o avanço da fome e da pobreza no país, entre outras questões. “Os organizadores da Romaria da Terra acertaram em cheio ao colocar como tema da edição de 2022 as questões da agricultura familiar e da agroecologia. Cada vez mais, a sociedade precisa valorizar a atuação dos trabalhadores e trabalhadoras do campo, especialmente em um momento tão difícil como o atual. Nós fizemos questão de vir aqui hoje, como fazemos todos os anos, para trazer uma mensagem muito forte de esperança, de fé e de compromisso nosso e da Assembleia Legislativa com as lutas de quem coloca comida na mesa da população. E a Romaria foi tão ´pé-quente´ que até a chuva veio. E que venha mais”, destacou Valdeci.
No diálogo com os agricultores e representantes de entidades ligadas ao setor primário, Valdeci destacou que o Parlamento gaúcho seguirá pressionando os governos federal e estadual por ações mais efetivas contra os reflexos da estiagem. Na semana passada, o presidente do Legislativo instalou uma Comissão de Representação Externa, integrada por cinco deputados (Edegar Pretto, Tiago Simon, Ernani Polo, Tenente-Coronel Zucco e Aloísio Classmann), para acompanhar com profundidade os impactos da crise hídrica no Rio Grande do Sul. ” A Comissão, durante os seus 30 dias de atividades, será mais um instrumento de pressão e de mobilização sobre o tema. É urgente a liberação de um auxílio emergencial para os pequenos produtores”, assinalou Valdeci.
Neste mês de março, a Assembleia já tem duas audiências públicas aprovadas para debater a seca, que ocorrerão nos municípios de Não-Me-Toque, dia 11, e Rio Pardo, dia 25.
CHUVA
Em função da chuva que caiu durante toda a manhã em Ilópolis, a tradicional procissão da Romaria da Terra foi cancelada e a celebração eucarística foi realizada nas estruturas cobertas do Centro Comunitário, localizado na área central do município. O ato celebrativo denunciou a violência no meio rural, a usurpação de terras indígenas na Amazônia, o uso indevido de venenos na agricultura, o desmatamento e a morte de biomas e a discriminação dos quilombolas e das mulheres.
Texto: Tiago Machado (MTE 9415)