Zé Nunes critica governo federal pela suspensão dos créditos agrícolas

O presidente da Comissão de Economia, Desenvolvimento Sustentável e do Turismo da Assembleia, deputado estadual Zé Nunes (PT), criticou a suspensão dos créditos agrícolas, como o Pronaf. “Em 25 anos isso nunca aconteceu É inadmissível. A produção primária tem sido a alavanca da economia brasileira, fundamental para que o país possa superar desafios e dificuldades, no entanto, ela só poderá atingir os objetivos se tiver o amparo e crédito nas linhas específicas conforme apresentado no Plano Safra 2021/22. O produtor será diretamente afetado já que a safra continua, mas sem recursos, o que vai aumentar ainda mais a fome e o desemprego no campo e na cidade”, explicou.

Segundo o parlamentar, isso acontece porque o Copom elevou a taxa Selic para 10,75% ao ano, e o governo está sem dinheiro para equalizar. “Isso tudo acontece porque a política de juro é uma tragédia, e porque o governo não tem colocado os financiamentos agrícolas como prioridade”, lamentou.  Além disso, o ajuste fiscal faz com que o governo não disponibilize recursos públicos para áreas importantes como dos subsídios para a agricultura familiar e para crédito emergencial aos agricultores afetados pela estiagem. “O governo alega que está faltando dinheiro, mas foi uma opção de não gastar e de não colocar como prioridade. A taxa Selic mais alta contribuiu para agravar o problema”.

Em dezembro o parlamentar alertou sobre a falta de recursos das linhas de crédito para investimento nas entidades financeiras para aplicação no ano agrícola, conforme o Plano Safra anunciado. “Na época, registramos em ofício endereçado aos ministros da Economia, da Agricultura, parlamentares e bancos que oferecem as linhas de crédito, que os recursos anunciados poderiam não estar contingenciados pelo Governo, e solicitamos que o Governo Federal disponibilizasse imediatamente maior volume de recursos para crédito para investimentos, ou seja, deve equalizar mais recursos para dinamizar a agricultura brasileira”, lembrou.

Texto: Marcela Santos (MTE 11679)