Jeferson Fernandes homenageia PT pelo aniversário de 42 anos

Foto Celso Bender

Os 42 anos de existência do Partido dos Trabalhadores foram lembrados no Grande Expediente da Assembleia Legislativa desta quinta-feira (10) pelo deputado Jeferson Fernandes (PT). Ele traçou um panorama do nascimento na sigla desde a histórica conferência de fundação no Colégio Sion, em São Paulo, no dia 10 de fevereiro de 1980 até os desafios a serem enfrentados na atualidade.

Construído por um grupo heterogêneo de militantes, integrado por intelectuais, operários de chão de fábrica, estudantes, sindicalistas, artistas e católicos ligados à Teologia da Libertação, o PT surgiu com o ímpeto de se contrapor aos “partidos tradicionais”, incorporando em sua plataforma forte apelo classista. O slogan “Trabalhador vota em trabalhador” sobreviveu a inúmeras eleições, evidenciando a essência programática da agremiação, que tinha a intenção de representar uma experiência nova no campo da esquerda mundial. Citando o manifesto de fundação, Jeferson lembrou que o partido “nasceu da necessidade dos trabalhadores de intervir na vida social e econômica do país para transformá-la e construir uma sociedade mais igualitária, sem explorados e exploradores”.
Desde o início, rememorou o parlamentar, o PT se propôs a disputar um projeto de sociedade para superar a fome, o desemprego, o machismo e o racismo. E assim foi conquistando espaços. Primeiro, cadeiras em legislativos municipais e prefeituras. Depois, vagas nas assembleias, na Câmara Federal e no Senado. Chegou a governo de estados importantes e, por fim, conquistou por quatro vezes consecutivas a presidência da República, feito inédito no Brasil. “Lula, o primeiro trabalhador a ocupar a presidência, tirou o país do mapa da fome, levou a economia brasileira da 13ª para a 6ª posição em uma década e criou programas que mudaram a vida de quem sempre esteve alijado, como os que facilitaram o acesso às universidades e garantiram a Atenção Básica à Saúde a amplos setores da população”, elencou.
Golpe
Jeferson disse ainda que o mandato de Dilma Rousseff foi interrompido por um “golpe parlamentar levado a cabo por setores reacionários” e que Lula foi preso injustamente, pois era o “único capaz de derrotar Bolsonaro nas urnas.  “Lula foi vítima de uma farsa judicial, fartamente comprovada por conversas vazadas entre um juiz que corrompeu o sistema jurídico e membros do Ministério Público”, apontou.
O golpe, segundo ele, abriu caminho para a vitória de Bolsonaro e para a criação de um ambiente de ódio, rancor, preconceito e discriminação. “Quando a mais alta autoridade do país zomba de mais de 600 mil mortes na pandemia e torturadores são elevados à condição de heróis, o sinal é claro de que ultrapassamos todos os limites do tolerável”, frisou.
Junto com isso, o Brasil sucumbiu ao desemprego e à inflação, analisou o deputado, sublinhando que, enquanto amplos setores enfrentam a miséria, o governo beneficia rentistas e entrega patrimônio público, como a Petrobrás, para grupos privados.
Governos gaúchos
Jeferson mencionou também a atuação dos petistas Olívio Dutra e Tarso Genro a frente do governo do Rio Grande do Sul. Lembrou que as duas gestões se contrapuseram à concepção de estado mínimo e o tornaram agente indutor do desenvolvimento, fortalecendo empresas públicas estratégicas, como Corsan, Banrisul e CEEE, além de abrir concursos públicos em diversas áreas e conceder os maiores reajustes salariais para o funcionalismo desde que ocuparam o Piratini. Citou também a criação da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS), o Programa Primeiro Emprego e a destinação inédita de recursos para a agricultura familiar.
Por fim, Jeferson ressaltou que, “apesar de todas as tentativas de “acabar com o PT, a sigla continua sendo a preferida do povo brasileiro, e Lula reconhecido como único capaz vencer Bolsonaro e recuperar a dignidade do Brasil”.
Fonte: Agência de Notícias ALRS