RSC-287: Comissão da Região Centro vai ao Palácio Piratini nesta quarta-feira

As reivindicações da Região Centro do estado, relativas à duplicação e ao pedagiamento da RSC-287 previstos no projeto de concessão da rodovia à iniciativa privada, serão apresentadas ao governo do estado pelo deputado Valdeci Oliveira (PT) e por uma comissão de lideranças nesta quarta-feira, 10, às 11h. O grupo, que contará com a participação de representantes de Santa Maria e da Quarta Colônia, será recebido pelo secretário-chefe da Casa Civil, Artur Lemos, e pelo secretário Extraordinário de Parcerias do RS, Leonardo Busatto. “Depois de muita insistência, o governo entendeu a necessidade da abertura de um canal de diálogo com as localidades da Região Centro para esse tema urgente. Esse início de conversação é fundamental para que se busque um consenso sobre inúmeras questões que nos vem sendo trazidas pelas comunidades que serão diretamente afetadas pelo projeto”, avalia Valdeci.
Entre as reivindicações que serão apresentadas aos secretários está a necessidade de que as obras, cujo início está programado para começar em Tabaí, na Região Metropolitana de Porto Alegre, comecem pelas duas pontas e inclua Santa Maria. “É um tanto ilógico e injusto que as populações de Santa Maria, a maior cidade da rota da 287, e da Quarta Colônia fiquem pagando tarifas de pedágio por quase 20 anos para só então virem a chegada de máquinas e operários que farão a duplicação da rodovia. O que estamos defendendo, e isso é possível, é que o alargamento da 287 comece conjuntamente nas duas pontas”, explica o deputado.
O parlamentar também fez questão de ressaltar que o encontro desta quarta-feira é fruto da organização de vários e diferentes segmentos da sociedade civil. “Foram muitas as reuniões e audiências públicas realizadas com moradores, comunidade escolar, vereadores e produtores rurais que indicaram a necessidade de que alguns pontos do projeto de duplicação da rodovia, que também contará com a instalação de várias praças de cobrança de pedágio ao longo de mais de 200 km, sejam revistos e melhorados. Ninguém é contrário às obras, mas estas precisam caminhar junto com os interesses das populações locais”, argumenta Valdeci, que atualmente coordena, na Assembleia Legislativa, a Frente Parlamentar em defesa da duplicação da 287.
Também fazem parte do pleito a ser apresentado a manutenção das estradas vicinais, a garantia de acesso para o deslocamento de equipamentos agrícolas, construção de passarela, transferência da praça de pedágio prevista para ficar próxima a uma escola (no Distrito de Palma) e ações que mitiguem os impactos ambientais. “Acreditamos ter argumentos suficientemente justos para isso, pois estamos falando, entre outros pontos, de meio ambiente, segurança à mobilidade das pessoas, a trafegabilidade de quem produz, o direito de ir e vir e, principalmente, ter de pagar tarifas por duas décadas sem ver nada de concreto acontecendo”, ressalta Valdeci.

Texto: Marcelo Antunes (MTE 8.511)