O Fórum das Centrais Sindicais do RS lançou na tarde desta segunda-feira (18) a campanha unificada em defesa do salário-mínimo do RS, o piso regional. A bancada do PT na Assembleia Legislativa se soma à luta dos trabalhadores e trabalhadoras, pois considera inadmissível que, diante da carestia e após dois anos sem reajuste, o governador Leite proponha apenas 2,73%. As centrais sindicais reivindicam 10,3% já e a imediata construção de uma mesa de negociação envolvendo executivo, legislativo, trabalhadores e empresários. O vice-líder da bancada, deputado Luiz Fernando Mainardi, acompanhou a coletiva de apresentação da campanha.
Segundo Guiomar Vidor, presidente da CTB, o reajuste do salário-mínimo não gera desemprego. “Sem reajustar salários, o RS tem 8,3% de desemprego, portanto não é o mínimo regional qee gera desemprego”, disse. A campanha foi criada com o objetivo de conquistar o reajuste e sobretudo a solução para o piso regional, que está defasado e correndo o risco de ser extinto. Para Vidor, no RS o comportamento do governo Leite é ainda pior que o do governo Bolsonaro.
O presidente da CUT-RS, Amarildo Cenci, disse que o governo se omite ao oferecer apenas 2,7% de reajuste quando a inflação já passa de dois dígitos. E o que a classe trabalhadora está querendo nada mais é do que a recuperação. “Foi preciso um Nobel de economia vir para dizer que o reajuste do salário mínimo não gera desemprego, pois movimenta a economia e só empresário muito tacanho para não admitir que o reajuste gera desenvolvimento e movimenta a economia”, disse.
O deputado Luiz Fernando Mainardi, que coordena a Subcomissão para Tratar do Piso Regional do Rio Grande do Sul, composta, também, pelos parlamentares Fernando Marroni (PT), Zé Nunes (PT) e Eric Lins (Dem), disse que a campanha deve ser permanente para disputar na sociedade a consciência de classe e a importância do tema do salário para a população de baixa renda “O grande desafio colocado para os trabalhadores da iniciativa privada e os trabalhadores públicos é o debate sobre como os governos neoliberais estão tratando os trabalhadores”, disse. Para Mainardi, o governo desconsidera o piso, ao propor ¼ da inflação do período. “Vamos lutar pelos 10,3%, mas é preciso uma política estadual de reajuste com ganhos reais”, defendeu.
Texto: Claiton Stumpf (MTB 9747)