Vereadores se unem pela aprovação do projeto que prevê a classificação do fumo na propriedade dos agricultores

Nesta quarta-feira (8), o deputado estadual Zé Nunes (PT) esteve reunido com comitiva de vereadores de Amaral Ferrador, Camaquã, Candelária, Canguçu, Chuvisca e Cristal, para discutir o Projeto de Lei nº 204/15, de sua autoria, que prevê que a classificação do fumo seja feita na propriedade dos agricultores. A ideia é que a relação entre produtor e comprador seja o mais justa possível.  O projeto recebeu parecer favorável da deputada Juliana Brizola (PDT), e está na Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia.

A comitiva solicitou a reunião para conhecer mais detalhes do projeto e da tramitação. Eles trouxeram os dilemas e os desafios dos produtores de fumo como preço, falta energia, insegurança de quem vive a produção do tabaco, e este modelo de classificação, que, segundo eles, é bastante injusto. Agora, os vereadores vão se organizar e conversar com seus deputados, apresentando o projeto e demonstrando sua importância para os produtores, para que a proposta avance o mais rápido possível.

Segundo o presidente da Frente Parlamentar em Defesa dos Produtores da Cadeia do Tabaco, Zé Nunes, o custo de produção tem subido, e a grande preocupação dos produtores tem sido sair de casa sem saber quanto receberão pela sua produção. “Depois do fumo pronto no galpão, na hora de comercializar na empresa, o preço de venda é totalmente fora da realidade, por muitas vezes não cobre nem o custo de produção na lavoura e muito menos sobra para se manter até começar a próxima safra. Por isso este projeto é tão importante para os produtores”, argumentou.

“Quando trabalhamos este tema, trabalhamos toda economia da cidade, trabalhamos emprego e arrecadação da Prefeitura, estamos falando do dinheiro que vai circular”, declarou o parlamentar, que considera esta união suprapartidária fundamental para que esta lute avance.

No Rio Grande do Sul, a produção de tabaco só perde para a soja em exportação, e conta com mais de 75 mil famílias que se dedicam a esta atividade. O cultivo do tabaco está presente em 220 municípios.

Texto: Marcela Santos (MTE 11679)