PL do PT, de crédito emergencial para a agricultura familiar, será debatido na Expointer

Raquel Wunsch

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Crédito Nabor Goulart

Os deputados Pepe Vargas, Edegar Pretto e as entidades proponentes do PL 155/2021, que cria o Crédito Emergencial para a Agricultura Familiar, reuniram-se com o chefe da Casa Civil, Artur Lemos, na tarde desta quarta-feira (1º). A reunião foi solicitada visando dar andamento ao projeto que está tramitando na Assembleia Legislativa do RS.

Para o líder da bancada, deputado Pepe Vargas é fundamental que seja fornecido uma linha de crédito para agricultores familiares para a produção de alimentos. “O encaminhamento concreto em cima do projeto de lei que nós apresentamos é abrir um processo de negociação com o governo construindo uma proposta junto com as entidades que representam a agricultura familiar, não precisa ser necessariamente a proposta que nós apresentamos, mas que tenha de fato uma linha de crédito”. Na reunião Artur Lemos se comprometeu em agendar uma reunião com entidades e as Secretarias de Agricultura e Fazenda ainda na próxima semana, durante a Expointer.

O coordenador da Frente Parlamentar em Defesa do Crédito Emergencial para a Agricultura Familiar, deputado Edegar Pretto afirma que os argumentos apresentados são sólidos e preocupantes. “A pandemia, que atingiu a todos e a agricultura não está desassociada disso, mais a seca do ano passado que nós tivemos a ausência quase completa do governo do estado. Então o conjunto das entidades e nossa bancada realizou mais um diálogo e os companheiros explicaram a urgência para que na Expointer a gente tenha algo sinalizando por parte do Estado para essa população que produz o essencial para a nossa vida que é o alimento”.

O presidente da UNICAFES, Gervásio Pluscinski, diz que esperava muito mais da reunião. “O governo tentou, num primeiro momento, dizer que nós tínhamos que apresentar os dados das perdas que o agricultor teve no Estado, sendo que 370 municípios decretaram estado de emergência e a Emater vive divulgando os dados de perdas que a agricultura”. Porém, ele afirma que se abriu a possibilidade de diálogo. “Abrimos a possibilidade de um diálogo na Expointer com a Secretária de Agricultura e da Fazenda para que a gente possa avançar nessa discussão”.

Já, o coordenador estadual da FETRAF-RS, Douglas Cenci, lembrou que são os agricultores que sofrem há dois anos com a estiagem e a pandemia. “Esses agricultores esperavam hoje ter uma resposta concreta, infelizmente não foi hoje que nós levaremos para casa uma boa notícia, levamos a notícia apenas de que vamos continuar discutindo esse tema, que o agricultor vai ter que esperar mais um pouco e que infelizmente o governo do estado ainda não entendeu a gravidade da situação, o problema que a agricultura familiar enfrenta e a importância das demandas que nós apresentamos” lamentou.

Adelar Pretto, da coordenação estadual do MST, se diz preocupado com a falta de atenção da gestão Leite para com a agricultura familiar. “Temos discutido esse tema inclusive com deputados da base aliada e o secretário vem dizendo que está tendo contato a primeira vez com o projeto, vamos esperar ser agendada a reunião para a semana que vem e se não acontecer teremos que tomar outras medidas”.

Ainda estiveram presentes na reunião Miqueli Sturbelle Schiavon, representando o MPA; Vergilio Perius, presidente do Sistema Ocergs-Sescoop/RS; Eugênio Zanetti, vice-presidente da FETAG; e, o líder do governo na ALERGS, deputado Frederico Antunes.

Texto: Raquel Wunsch (MTE 12867)

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