A Assembleia Legislativa do RS deve apreciar, na tarde desta terça-feira (31), os projetos que tratam da privatização da Corsan e da regionalização do saneamento. Os textos, que estão em regime de urgência e trancam a pauta a partir de amanhã, trata-se do PL 210/2021, que cria as Unidades Regionais de Saneamento Básico e o PL 211/2021 que autoriza a desestatização da Companhia Rio-grandense de Saneamento (CORSAN).
Jeferson Fernandes, que coordena a Frente Parlamentar em Defesa da Água Pública, avalia que “não sabemos nem se amanhã votaremos o PL do governo ou a proposta do deputado Gabriel Souza. O fato é que o governador quer vender a Corsan às pressas e de nada adianta discutir a regionalização ideal se a Companhia já estiver privatizada. É ela, segundo estudo da Consultoria privada, GO Consultores, quem pode alcançar as metas do Marco Regulatório do Saneamento. O governo usou todas as desculpas, mas não apresentou dados que provem o contrário e nem estudo que ateste que as microbacias propostas pelo colega parlamentar tenham esta capacidade”.
Os prefeitos da Associação dos Municípios da Zona da Produção (Amzop) firmaram posição conjunta, na semana passada, de não assinar o aditivo contratual proposto pela Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan).
Manifestações
Sindicatos, entidades e movimentos sociais irão realizar manifestações contra os projetos da Corsan nesta terça-feira (31). A agenda de atividades inicia às 9h com concentração no Largo Glênio Peres, chamada pelo Sindiágua RS. Às 11h haverá manifestação em frente à sede da Corsan (Rua Caldas Júnior, 120) e um tuitaço em defesa da água pública nas redes. A partir das 14h ocorre, simultaneamente, a Assembleia Geral do Sindiágua em frente à ALRS e manifestação do Comitê Porto Alegre do Plebiscito Popular sobre as Privatizações no mesmo local.
Texto: Raquel Wunsch (MTE 12867)