Autossuficiência nacional e soberania popular
A desestruturação do governo federal vem constantemente impactando a vida das pessoas nos últimos anos. Como se não bastasse o aumento do desemprego, a alta no preço dos alimentos, a falta de vacinas e a corrupção dentro do governo Bolsonaro, agora a conta também é de luz e dos derivados do petróleo.
A Petrobras novamente anuncia reajustes no valor dos combustíveis e do gás de cozinha. A gasolina teve um aumento de 46% para as distribuidoras desde dezembro de 2020, chegando a R$ 7,00 para o consumidor, enquanto o gás de cozinha já está próximo de R$ 100,00 em algumas localidades. O impacto disso no bolso da população é desastroso, com pessoas evitando comer ou utilizando de métodos perigosos como cozinhar em latas com álcool, por não possuir condições de comprar gás.
Em um país que possui uma enorme reserva, com acesso ao Pré-sal e autossuficiência nacional de petróleo, é inadmissível que uma empresa, que foi criada para o bem-estar dos cidadãos e para a autonomia do país, pratique preços internacionais internamente, como se estivessem em competição direta, acabando com o orçamento do trabalhador médio.
A outra frente que preocupa é a crise da energia elétrica. A possibilidade de apagão e a necessidade de racionamento vêm da falta de planejamento estratégico, que deixou os níveis dos reservatórios das hídricas chegarem a quantidades alarmantemente reduzidas, trazendo a necessidade de utilização das termelétricas menos eficientes e mais caras.
A Aneel aprovou reajuste de 52% na bandeira vermelha, justificando que as distribuidoras possuíam prejuízo. A realidade é que este aumento é político, e esta privatização significa perda de soberania popular, especialmente em tempos de crise hídrica, com as tarifas podendo chegar a 154% de aumento com venda no mercado livre. A conclusão não poderia ser outra: o governo Bolsonaro trabalha para desmontar todos os direitos do povo brasileiro.
Deputado Estadual Zé Nunes
Presidente da Comissão de Economia, Turismo e Desenvolvimento Sustentável da ALRS