CUT-RS e movimentos sociais promovem solidariedade, enquanto Bolsonaro faz motociata

Raquel Wunsch

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Bancada Estadual
Foto Leandro Molina

Enquanto Bolsonaro realizava uma motociata com seus apoiadores na manhã deste sábado (10), fazendo campanha eleitoral antecipada e torrando dinheiro público, as centrais sindicais e os movimentos sociais promoveram mais um dia de solidariedade, batizado de 10J Solidário, reafirmando a luta por vacina no braço, comida no prato, auxílio emergencial de R$ 600 e impeachment já.

Organizado pela Frente Brasil Popular RS, CUT-RS e Comitê Popular de Enfrentamento à Covid-19, a atividade foi marcada pelo Drive Thru da Solidariedade, em frente ao Sindicato dos Municipários (Simpa), para a coleta de doações. Das 9h às 14h, foram arrecadadas 2 toneladas de alimentos, roupas, cobertores e colchonetes, além de 250 pães. Um terço dos produtos doados eram alimentos orgânicos, sem veneno.

Também foram montadas quatro cozinhas comunitárias, que funcionaram no Simpa e nos bairros Cruzeiro, Farrapos e Glória. Segundo levantamento preliminar, foram distribuídas, juntas, mais de 1.000 quentinhas.

As quentinhas produzidas no Simpa foram levadas por 12 motoboys a moradores em situação de rua no centro da Capital. Cada entregador recebeu uma cesta básica de alimentos, que foram doadas por assentamentos da reforma agrária do MST.

O presidente da CUT-RS, Amarildo Cenci, disse que “Bolsonaro não trouxe emprego e vacinas, mas veio para promover armas e cloroquina”. Segundo ele, o dia de solidariedade reforça também o projeto CUT com a Comunidade, organizado logo após o início da pandemia, para ajudar famílias da periferia que perderam emprego e renda.

O secretário de Organização e Política Sindical da CUT-RS, Claudir Nespolo, salientou a importância da participação dos motoboys. “Não são empreendedores e sim trabalhadores, ainda sem direitos, que atuam em condições muito precárias, mas já começam a se organizar para conquistar dignidade no trabalho”, ressaltou.

Para ele, “tivemos duas motociatas na Capital: uma do ódio e a outra da solidariedade, que faz bem para a democracia, para o Brasil e para o povo trabalhador”.

O MST doou também o arroz orgânico usado no preparo dessas quentinhas e para outras 23 cozinhas comunitárias na Região Metropolitana de Porto Alegre, contabilizando um total de 5 mil refeições distribuídas para trabalhadores e trabalhadoras em situação de vulnerabilidade social.

A ação contou com a presença da deputada federal Maria do Rosário (PT) e do deputado estadual Edegar Pretto (PT), que apoiaram o 10J Solidário e frisaram a importância da luta pelo impeachment de Bolsonaro.

A atividade foi transmitida ao vivo pelo Facebook, através de uma rede de mídia independente, integrada pela CUT-RS, Rede Soberania, Brasil de Fato, Frente Brasil Popular, Jornal O Coletivo e Rede Estação Democracia (RED), com cruzamento por sindicatos, federações, mandatos populares e demais parcerias.

Fonte: CUT-RS

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