Ainda esta semana os jornais noticiaram que o Gov. Leite prepara nova reforma tributária para compensar perdas com fim das alíquotas majoradas de ICMS e que a proposta será enviada à Assembleia Legislativa prevendo alterações em ITCD e IPVA.
Hoje, a manchete é sobre o plano de concessão de rodovias, que prevê 22 praças de pedágio num raio de 1.131 quilômetros.
Quem vai pagar essa conta?
Por obvio, o setor produtivo, os trabalhadores e trabalhadoras e, pasmem, aqueles que não têm veículos também pagam pedágio.
Pois, quem paga pedágio para transportar mercadoria repassa o preço para os produtos e, ao fim, quem não tem automóvel acaba ajudando a pagar a conta dos que têm e circulam nas rodovias.
Diante de mais esse absurdo, estamos articulando, junto com lideranças dos setores produtivos da Região Metropolitana, um movimento para fazer frente a mais esse contrassenso do Governador Leite.
Estamos articulando lideranças políticas e dos movimentos sociais, em apoio ao Movimento ERS 118 Sem Pedágio, já organizado pelo setor produtivo dos vales dos Sinos e do Gravataí para fazer frente ao padagiamento das rodovias estaduais.
Os municípios de Alvorada e Viamão são historicamente os mais atrasados em seu desenvolvimento econômico, na perspectiva de praças de pedágios, será uma pá de cal nos dois menores PIBs do RS.
Lembrando também que o dinheiro arrecadado com o pagamento do IPVA, uma parte vai para os municípios e a outra parte para o governo estadual, investir justamente na manutenção e melhoria das nossas estradas.
Em outras palavras, os pedágios nos moldes que já tivemos aqui no Estado, e que provavelmente será o mesmo modelo adotado pelo governo Leite, funcionará para transferir renda dos mais pobres para os mais ricos.
Stela Farias, ex-deputada estadual pelo RS