sábado, 23 novembro
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Reunião extraordinária da Comissão de Finanças, Planejamento, Fiscalização e Controle, na manhã desta quinta-feira (15), promoveu a arguição pública de Marivania Ghisleni Fontana e Alexandre Pedro Ponzi, os dois são indicações do governador Eduardo Leite para os cargos de diretora administrativa do Banrisul e diretor-presidente da Banrisul S.A Corretora de Valores Mobiliários e Câmbio, respectivamente. A bancada petista, que votou favorável as indicações, questionou os dois sobre privatizações e desenvolvimento regional.

O vice-líder da bancada, deputado Luiz Fernando Mainardi iniciou questionando a opinião dos indicados sobre o futuro das nossas estatais, em especial o Banrisul. “Você concordaria com a ideia de privatizar o banco se porventura o governador resolvesse encaminhar um processo de privatização?”. Marivania falou sobre o papel do corpo deliberativo do banco e eficiência, sem responder ao questionamento.

O deputado Fernando Marroni lembrou que os indicados “compõe um governo privatista e mesmo assim pode ter sua ideia privatista de um banco e eu lhe pergunto qual a diferença de um banco público, praticamente de crédito pessoal que é o Banrisul hoje e que tem uma carteira de R$27 bilhões de empréstimos, de crédito, qual é a diferença na sua opinião de um banco público, o Banrisul como ele é hoje ou um banco privatizado, o Banrisul, como pretende o governo?”.  Marivânia, por sua vez, afirmou que “o banco atua de forma muito semelhante sendo ele público ou privado. Tem algumas características específicas, é verdade, como o concurso público, mas no mercado eles competem da mesma forma”.

Para o líder da bancada petista, deputado Pepe Vargas, o Banrisul vem atuando quase que exclusivamente no varejo “e a própria análise dos números do banco nos remetem a isso, eu considero equivocado, mas enfim os números do banco nos remetem a isso. A carteira de crédito do banco caiu muito nos últimos anos, já tivemos período em que o banco teve um número muito maior de financiamento. Se o banco é exclusivamente de varejo para atuar no mercado e só para dar resultado aos seus acionistas tudo bem, mas quando é um banco do setor público o objetivo é que ele cumpra um papel para o desenvolvimento econômico e social para o Estado”. Pepe questionou Marivânia sobre como ela vê o papel do banco enquanto carteiras de crédito a longo prazo e sobre a presença do banco em outros Estados. Ao responder, Marivânia lembrou ser “importante ressaltar que tivemos um momento na economia como um todo, onde os investimentos foram mais escassos e isso interfere no longo prazo. Quero fazer um registro importante que o banco fez em relação a um direcionamento para o agronegócio, um reposicionamento muito significativo por ser um setor tão importante na economia do RS. Sobre as agências é importante lembrar que o banco mantém a sua abrangência em 98% da população atendida pelas agências e pela presença do banco, o que se faz é uma otimização dos pontos de atendimento olhando o movimento do mercado e do avanço tecnológico”.

Ao findar as arguições públicas, o líder Pepe Vargas afirmou que a bancada petista votaria favoravelmente as indicações, porém ressaltou que “o banco poderia ser muito mais ativo no quesito do desenvolvimento econômico e social do nosso Estado”.

Texto: Raquel Wunsch (MTE 12867)

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