Duas reuniões marcaram os trabalhos nesta quarta-feira (10) da Comissão Externa da AL que acompanha o processo de vacinação no Estado. As duas foram coordenadas pelo deputado Pepe Vargas (PT), que comanda a comissão. Na primeira parlamentares ouviram o secretário executivo do consórcio de governadores do Nordeste, Carlos Gabas.
O coordenador da comissão, Pepe Vargas, questionou sobre o trabalho do consórcio para a aquisição de vacinas. Gabas destacou que, o trabalho dos governadores e governadora dos 9 estados do Nordeste, que começou em março de 2020, sempre seguiu o Plano Nacional de Vacinação (PNI), porém, de forma paralela, o consórcio, buscou contatos com vários países para garantir que a vacina chegasse não apenas para os estados do consórcio, mas para o Brasil, “não adianta vacinarmos a população do Nordeste e deixar o restante do País exposto ao vírus. Estamos buscando as vacinas para coloca-las no PNI, por isso, estamos em contato com o Ministério da Saúde para que cumpra com a meta de imunização, buscando acordos que deveriam ter sido feitos há um ano, buscando adquirir vacinas e o insumo para a produção interna”.
Com a Rússia, foi assinando um termo de compromisso de aquisição de 50 milhões de doses de vacina, em agosto de 2020, mas ainda não teve a autorização da ANVISA “além disso, encaminhamos ofícios para os governos, da Índia, China e dos Estados Unidos, e todos os institutos que produzem a vacina, pedindo que regularizem as entregas, por se tratar de uma questão humanitária.”
Gabas finalizou, pedindo que todos os deputados apoiem as ações do governo do estado na busca de vacinas, “ neste momento, os governadores precisam assumir esta luta e aí no RS a Assembleia Legislativa gaúcha precisa apoiar as tentativas do governador. O esforço desta comissão é louvável e deve seguir. A união dos governadores com o apoio dos deputados é que vai fazer a diferença”, finalizou.
Experiência em Santa Catarina
A segunda reunião do dia foi com o representante da Federação Catarinense de Municípios (FECAM) Jaílson Lima da Silva, médico e consultor da federação. Ele destacou que o trabalho começou no começo de 2020. O primeiro movimento da federação, foi assinar com o Butantan para aquisição de 1 milhão de doses para Santa Catarina, já que o Ministério da Saúde não tomava atitude, “as cepas brasileiras são uma decorrência de uma vacinação que já deveria estar adiantada, porém o Ministério da Saúde, foi negligente.
O consórcio catarinense está encaminhando uma compra de vacinas Sputnik, importadas da Europa, buscando uma importação de 4,3 milhões de vacinas. Todos os 265 municípios catarinenses aderiram a compra ao valor de $ 9,75 dólares a dose, e só pagarão no momento que as vacinas chegarem ao Brasil e depois da aprovação pela vigilância epidemiológica. O coordenador da comissão, deputado Pepe Vargas finalizou dizendo que na próxima quarta-feira (17) representantes do consórcio catarinense se reúnem com representantes da associação dos municípios gaúchos, “ nós da comissão participaremos desta reunião, os movimentos dos consórcios servem como exemplo e nos ajudam para que possamos agilizar o processo para o RS”.
Texto: Vânia Lain (MTE 9902)