Chico Mendes: Direção preocupa-se com retorno prematuro às aulas presenciais

Chico Mendes: Direção preocupa-se com retorno prematuro às aulas presenciais
Foto Eduardo Carvalho

Sem Plano de contingência; sem treinamento de biosegurança para o retorno às aulas; reforma urgente na rede elétrica do bloco A; extintores descarregados e sem a quantidade necessária; funcionários terceirizados não receberam EPIs necessários; faltam funcionários para dar conta da higienização de toda a escola; sem profissional da área de nutrição; ainda sem conseguir adequar a cozinha/refeitório conforme o documento orientador; precisam concluir a obra que estabelecerá as rotas de acesso à entrada da escola e ao refeitório; necessitam uma reforma funcional nos banheiros; limpar as caixas d’água; realizar a dedetização e sanitização dos ambientes; realizar a capina (mato está tomando conta).

Mais, sem profissional para fazer a aferição da temperatura na portaria da escola e nem nos alunos na sala de aula; não tem sala para acolher quem apresenta sintomas da Covid-19 e nem profissionais para acompanhar; ainda não possuem as autorizações dos pais para a realização do teste; ainda estão sem fitas para a sinalização e para o isolamento das cadeiras e mesas; não possuem portaria; as janelas são basculantes, com a maioria emperrada sem abrir; e tem considerável falta de Recursos Humanos.

Mesmo com o esforço da sua direção, que se preocupa com o retorno prematuro às aulas presenciais, essa é a situação da EMEF Chico Mendes, localizada no bairro Mário Quintana, uma das escolas visitadas pela deputada Sofia Cavedon, presidente da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa, que estão sendo obrigadas por decretos dos governos estadual e municipal para que voltem às aulas presenciais.

Conforme Sofia, a escola, que tem 1.200 alunos, ainda têm problemas de falta de recursos humanos, sendo que 19 professores são do grupo de risco e não retornarão presencialmente. “O escândalo é que a falta de professores é desde o início do ano, antes da pandemia a Chico Mendes já não tinha professor de Matemática, Língua Portuguesa, Artes, História. Sem falar da falta de nutricionista e profissional para a biblioteca”, destaca a parlamentar.

E assim muitas das escolas que tenho visitado estão, diz a presidente, que continuará seu roteiro de solidariedade e apoio às comunidades escolares das redes de Porto Alegre e estadual, bem como encaminhando as situações para os órgãos competentes. Sofia também questiona: qual é mesmo o calendário que as escolas municipais estão cumprindo?”.

Texto: Marta Resing (MTE 3199)