A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD) apresentou, na última sexta-feira (30), diagnóstico referente ao percentual da população desempregada no Brasil. Essa demonstra que, em meio à pandemia do coronavírus, a taxa de desemprego entre jovens de 18 a 24 anos é a maior, chegando a 16,4 pontos percentuais.
“A falta de políticas públicas voltada para a juventude nos últimos anos é com certeza o foco para termos estes números nas pesquisas. Também deve se levar em consideração as políticas de austeridade econômica adotadas pelo governo federal, o que como consequência desvalorizou o salário-mínimo dos trabalhadores e trabalhadoras” afirmou o líder da bancada petista, deputado Luiz Fernando Mainardi.
O levantamento aponta que enquanto o desemprego da população geral é de 13,3% no 2º trimestre de 2020, a taxa entre pessoas de 18 a 24 anos chegou a 29,7%. Além disso, o número de desempregados foi de 13,794 milhões, atingindo marca de 14,4% no trimestre, encerrado em agosto – recorde na série histórica do IBGE, iniciada em 2012.
Para Jeferson Fernandes, presidente da Comissão de Segurança e Serviços Públicos da Assembleia Legislativa, o desemprego da juventude caiu significativamente nos governos Lula e Dilma pois havia políticas públicas. “Com a desvalorização do salário-mínimo e a crise de austeridade, a partir de 2015, as famílias passaram a ter mais desempregados entre os seus. E, em geral, este desempregado dentro de casa é o jovem que vai em busca do seu primeiro emprego” avalia.
Para a bancada petista na Assembleia Legislativa é urgente que os governos federal e estadual pensem em políticas públicas voltadas para os jovens e emprego, com qualificação profissional.
Dados negativos
A PNAD trouxe, ainda, outros resultados negativos. O número de pessoas ocupadas, de 81,666 milhões, é o menor da série, apresentando queda de 5% no trimestre e 12,8% em 12 meses. Além disso, houve uma queda de 6,5% no número de empregados com carteira assinada em relação ao trimestre anterior, passando para 29,067 milhões. Houve queda também de 5% no número de trabalhadores sem carteira assinada, indo para 8,755 milhões.
Fonte: Brasil de Fato com informações das assessorias de imprensa dos mandatos.