sábado, 09 novembro

“Já foram três reuniões da Comissão de Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia com a presença do Comitê científico de apoio ao enfrentamento da pandemia no RS, e as manifestações são concordantes que não é o momento de retorno às aulas presenciais” A afirmação é da deputada Sofia Cavedon (PT), presidente da Comissão, em seu pronunciamento no período de Comunicações da sessão plenária desta quarta-feira (28).

A deputada destacou a participação do Chefe do Serviço de Infectologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Professor Eduardo Sprinz, que integra o comitê científico, quando salientou que “do ponto de vista médico não há como recomendar a volta às aulas no Estado”.

Sofia ressaltou os alertas do especialista sobre a segunda onda. Sprinz afirma que não dá para falar em segunda onda se a primeira ainda não terminou. Conforme ele a primeira onda está em alta de contaminação, mudando a faixa etária com os jovens se infectando e repassando para os mais velhos. Para o médico apenas a aplicação de vacina pode interromper o ciclo epidêmico, lembrou a parlamentar.

A deputada enfatizou também a orientação de Sprinz de que o momento é aplicar esforços para educar a população até ter vacina. “O médico alertou que a Covid-19 é a infecção via respiratória mais contagiosa que se conhece e recomendou a continuidade do distanciamento, o uso contínuo de máscara e a limpeza das mãos ou o uso do álcool gel”.

Sofia finalizou sua manifestação com a fala do médico sobre o sistema de bandeiras que não dá segurança à volta das aulas presenciais. “Quando a gente olha apenas pelos leitos de internação de UTIs a gente sabe que tem alguma coisa errada é como se fosse a ponta do iceberg”, disse o médico que explicou que quando o paciente chega na UTI ele já havia se contaminado há duas ou três semanas antes.
PoA, 28/Outubro/20
Jorn. Marta Resing – 5405
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