Projeto que valoriza tradição do Terno de Reis avança na Assembleia Legislativa

Projeto que valoriza tradição do Terno de Reis avança na Assembleia Legislativa
Crédito Vanessa Vargas

A tradição do Terno de Reis está mais próxima de ser reconhecida como de relevante interesse cultural do Estado do Rio Grande do Sul. O Projeto de Lei 130/2018, de autoria do deputado estadual Zé Nunes (PT), que reconhece como de relevante interesse cultural do Estado do Rio Grande do Sul o “Terno de Reis”, recebeu parecer favorável do relator, o deputado Dirceu Franciscon (PTB), e foi aprovado por unanimidade na manhã desta quinta-feira (24) pela Comissão de Segurança e Serviços Públicos da Assembleia Legislativa.

A proposta de Zé Nunes autoriza o Poder Público a realizar atividades e fomentar parcerias com entidades e instituições, públicas ou privadas, que contribuam para o desenvolvimento cultural dessa atividade. A tradição do Terno de Reis foi trazida para o Brasil pelos colonizadores luso-açorianos e é mantida principalmente no litoral do Brasil e no meio rural. O Terno de Reis é inspirado na história bíblica dos Três Reis Magos. Em alguns países de origem latina, em especial os de cultura espanhola, dão mais importância do que ao próprio Natal. A data da comemoração é o dia 6 de janeiro.

Os ternos ainda são cantados em quase todo o Rio Grande do Sul, com maior ou menor intensidade, em determinadas regiões. “Encontramos esta manifestação cultural pelas regiões ribeirinhas de Jacuí, Taquari, Sinos, Gravataí que formam o grande estuário do Guaíba, bem como a área lacustre dos Patos. Todavia, é numa boa região litorânea, onde esta tradição é mais pura, mais viva, por isso a importância do reconhecimento, para que a tradição não se perca”, argumenta Zé Nunes. O Terno de Reis também é encontrado na região das Hortências no RS.

O projeto, que tramita na Assembleia desde 2018, agora segue para o Departamento de Assessoramento Legislativo (DAL), que deve decidir se o projeto segue para outra comissão ou segue direto para votação em plenário.

Texto: Claiton Stumpf (MTB 9747)