Leite pode ter cometido improbidade administrativa com projeto da Previdência

Leite pode ter cometido improbidade administrativa com projeto da Previdência
Foto Joaquim Moura

Documento divulgado pela União Gaúcha em Defesa da Previdência no final da tarde desta segunda-feira, 31, confirma que o Ministério da Economia rejeitou o projeto de lei 148/2020, do governo Leite, votado recentemente na Assembleia Legislativa. O projeto alterou o Regime Próprio de Previdência dos Servidores, possibilitando que o governo se aproprie de até R$ 2,5 bilhões do Fundo de Previdência. A Bancada do PT reunirá nesta terça, à tarde, para analisar a documentação enviada pelo Ministério da Economia e avaliar se há indícios de improbidade administrativa, bem como a necessidade de instalação de CPI para apurar as responsabilidades.

O projeto de lei 148/2020 foi protocolado na ALRS no dia 10 de julho. Três dias depois, o governo foi notificado, por ofício, pelo Ministério da Economia, de que o modelo proposto não estava em Conformidade com a legislação e com as normativas da Constituição Federal. “Mesmo ciente disso, o governador não deu conhecimento desta informação ao Poder Legislativo e insistiu em votar o projeto de lei, que foi aprovado por maioria”, aponta o líder da Bancada do PT, Luiz Fernando Mainardi.

Para Mainardi, o fato é muito grave, pois o governo tinha conhecimento de que a proposta de alteração na Previdência foi rejeitada pelo Ministério da Economia. “Tudo indica que houve improbidade administrativa e as responsabilidades precisam ser apuradas”, destaca. O parlamentar lembra que, durante o período de tramitação do projeto, por várias ocasiões, a bancada petista alertou que o projeto era uma irresponsabilidade com as finanças futuras do estado, com o único intuito de resolver o fluxo de caixa presente do governo Leite. “O que dissemos fica comprovado no ofício do Ministério da Economia que foi omitido do Poder Legislativo”, aponta.

Texto: Eliane Silveira (MTE 7193)