Deputado Pepe defende garantias constitucionais no ambiente escolar

Deputado Pepe defende garantias constitucionais no ambiente escolar
Foto Claiton Stumpf

Após deputados da base governista terem pedido vistas no Projeto de Lei 69/2019, de sua autoria, o deputado Pepe Vargas (PT) argumentou que assim como os projetos 218/2019, de autoria do colega de bancada, o deputado Luiz Fernando Mainardi, e o 18/2019, da deputada Luciana Genro (Psol), que também não foram votados, sua proposta visa preservar as garantias constitucionais nas escolas. Com os pedidos de vistas, os três projetos devem voltar à pauta na próxima semana.

Conforme o deputado Pepe, o projeto visa garantir direitos constitucionais. “Pediram vistas, mas quero que justifiquem. Quem o considerar inconstitucional terá que explicar os motivos, pois o projeto que diz que no ambiente escolar devem ser resguardados os direitos constitucionais como o amplo acesso à cultura e a garantia ao pluralismo”. Ainda segundo o autor, a proposta foi apresentada porque “lamentavelmente, doutrinas exóticas à Constituição vêm proliferando em diversas Câmaras Municipais”.

O projeto de Pepe prevê que professores, servidores, estudantes e comunidade escolar são livres para expressar seu pensamento e suas opiniões no ambiente escolar da rede estadual do Rio Grande do Sul. Também autoriza a Secretaria de Estado da Educação promover a divulgação nas escolas sobre as garantias acerca do ensino, tais como “Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber, o pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas”, além dos princípios previstos na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9.394/1996).

A proposta caracteriza como conduta violadora, o cerceamento de opiniões mediante qualquer ação ou omissão ou manifestações que configurem a prática de crimes tipificados em lei, tais como calúnia, difamação, injúria ou atos infracionais, qualquer pressão ou coação que represente violação a princípios constitucionais e normas que regem a educação estadual e nacional, em especial quanto à liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber. “Espero que essa Comissão faça valer a Constituição e permita que possa seguir a sua tramitação”, concluiu.

Texto: Claiton Stumpf (MTB 9747)