183 cestas básicas foram entregues a moradores da Ilha Grande dos Marinheiros e dos bairros Partenon, Cruzeiro e Restinga, além de comunidades em situação de vulnerabilidade social
A CUT-RS, em parceria com o SindBancários, o Sinpro-RS, a ADUFRGS Sindical, o SindiPetro-RS, o Senergisul, o Sindiserf-RS e o Semapi-RS, distribuiu 26,4 toneladas de alimentos saudáveis nos meses de abril e maio, durante a campanha de solidariedade a famílias carentes de Porto Alegre, Canoas e Novo Hamburgo. A mobilização começou logo após o início do isolamento social para enfrentar a pandemia do coronavírus.
Nesta quarta-feira (27), 183 cestas básicas foram entregues a moradores da Ilha Grande dos Marinheiros e dos bairros Partenon, Cruzeiro e Restinga, além de comunidades em situação de vulnerabilidade social na zona norte da capital gaúcha.
Também foram beneficiados os catadores de materiais recicláveis do Centro de Tratamento de Resíduos Sepé Tiaraju, no bairro Humaitá, incluindo mulheres protegidas pela Lei Maria da Penha.
Não podemos fechar os olhos
“Há dois meses estamos vivendo um período inédito no Brasil, mas os governos Bolsonaro, Eduardo Leite e Marchezan não apresentaram soluções para milhares de famílias vulneráveis, que padecem e entram em desespero pela dificuldade de botar comida em casa. O que o movimento sindical está fazendo é levar um pouco de dignidade e alento para essas pessoas desamparadas. Nós não podemos fechar os olhos para os mais necessitados”, enfatizou o presidente da CUT-RS, Amarildo Cenci.
O vice-presidente da CUT-RS e presidente do SindBancários, Everton Gimenis, ressaltou a importância da solidariedade dos trabalhadores. “Abrimos uma conta para que a nossa categoria pudesse efetuar doações espontâneas. Semanalmente nós revertemos o dinheiro arrecadado em alimentos e produtos de higiene. Somos constantemente atacados e, no auge da crise, muitos bancários permanecem dentro das agências, mesmo com o risco de contaminação. Temos que ajudar quem está em uma situação pior do que a nossa”, afirmou.
Fora Bolsonaro
“A abertura do comércio é algo que os apoiadores de Bolsonaro sempre quiserem e que começa a se tornar realidade em Porto Alegre, após o decreto do Marchezan. As famílias carentes, que já estavam em risco de contaminação pelo Covid-19, agora estão ainda mais expostas. Seguiremos como a nossa postura de levar alimentos e máscaras à população desassistida, porém temos em mente que uma solução definitiva para o tormento dessas pessoas é o afastamento do Bolsonaro porque esse desgoverno é inimigo do povo brasileiro”, concluiu Amarildo.
“O Bolsonaro é antipobre, antissocial e quer apenas que o povo trabalhe mesmo arriscando a vida. Quer mão-de-obra barata, não deseja o nosso bem-estar e felicidade. Queremos uma vida melhor, como era antes dele e do Temer chegarem ao poder”, disse a coordenadora do Centro de Reciclagem Sepé Tiaraju, Núbia Vargas.
“Agradecemos, mais uma vez, para a CUT-RS e aos sindicatos que nos apoiam com esses alimentos. Temos famílias de catadores que tem até quatro filhos. Sem essas doações, muitas crianças estariam passando fome”, revelou Núbia, emocionada com os alimentos recebidos.
Fonte: CUT RS