sábado, 23 novembro
Mauro Mello

Por solicitação do deputado estadual Zé Nunes (PT), a Frente Parlamentar em Defesa da Extensão Rural da Assembleia Legislativa, coordenada pelo deputado Jeferson Fernandes (PT), realizou reunião virtual nesta segunda-feira (18), para tratar da situação da Emater. Entre os encaminhamentos, elaboração de um documento síntese desta audiência, solicitação reunião com o governador, inclusão dos funcionários nas discussões da empresa e solicitação da garantia dos direitos dos funcionários, pelo menos durante a pandemia.

Segundo Zé Nunes, diante da inoperância do governo em relação à estiagem no Estado, e considerando a importância da Emater para os municípios, especialmente num período de sinistro, a preocupação com o futuro da instituição aumentou ainda mais. “A Emater não se restringe à assistência técnica, e a extensão rural vai muito além, pois dialoga com a sociedade, com o desenvolvimento das comunidades e com a inclusão. Portanto precisamos dela cada vez mais forte, já que é um instrumento fundamental pra organizar demandas e projetos do campo, ao lado das famílias, especialmente num momento de pandemia como o que estamos vivendo. Ela se torna fundamental para o fortalecimento da produção de alimentos e da agricultura como um todo”, defendeu.

De acordo com ele, a entidade está sendo precarizada pelo governo: cortes de direitos, o orçamento é o mesmo há oito anos, o convênio com o governo vai até julho, permanente desligamento de profissionais, falta de diálogo, modernização dos sistemas e demissões voluntárias. “Dessa forma, não tem com uma empresa fazer seu trabalho, nem cumprir seu papel. Estão encolhendo a Emater”, criticou.

O presidente da Emater, Geraldo Sandri falou que o plano de demissão é incentivado e sem pressão, e reiterou a necessidade de redução de despesas, afirmando que estão buscando recursos em diversas frentes. A personalidade jurídica está sendo tratada pelo secretário. Voltou a defender as demissões voluntárias com forme de oxigenação profissional. Segundo ele, para que o trabalho da Emater siga, é preciso uma mão mais forte no gerenciamento.

“Com todo nosso respeito, Sandri cumpriu o roteiro do Eduardo Leite, falou falou e não disse nada”, finalizou Zé Nunes.

Texto: Marcela Santos (MTE 11679)

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