terça-feira, 26 novembro

Era final da década de 80, e Herbert José de Sousa, o Betinho se transformava na cara do manifesto contra a fome, convocando brasileiros a assumirem o papel ativo, na tentativa de mudar o vergonhoso cenário de fome no Brasil. Ele fez uma espécie de cruzada para levar alimentos a quem não os tinha. A campanha do Betinho foi um marco da fome no país, pois ultrapassava a questão da solidariedade, e ganhava peso de tarefa de Estado. A solidariedade é importante sempre, mas a fome precisa muito mais que isso. Estamos em 2020, e em pouco tempo atingiremos as 18 milhões de pessoas com fome no país.

Preocupados com essa realidade, o deputado estadual Zé Nunes (PT), e diversas instituições da sociedade civil instalaram, de forma virtual, na quarta-feira (22), o Comitê Local de Segurança Alimentar e Nutricional de São Lourenço do Sul. O município tem sofrido duplamente com as consequências do coronavírus e da estiagem. Falta comida e água. “O pessoal está com fome, e nossas ações precisam ser maiores. Com o Comitê, pretendemos buscar, junto às forças vivas da comunidade, alternativas de combate à fome no município, afinal, não podemos tratar a fome com algo natural”, avalia Zé Nunes.

Entre os encaminhamentos, a elaboração de documento com a situação local e objetivos do Comitê, organização de formas de doação e a reativação do Conselho Municipal.

Participaram da reunião virtual de lançamento do Comitê representantes das seguintes instituições: Fetag, Furg, Consea, Comude, CAPA, ACI, Rotary, Cresol, representantes de cooperativas, associações, sindicatos, Colônia de Pescadores Z-8, grupos de consumo, empreendedores solidários, comunidades religiosas, agricultores familiares.

Texto: Marcela Santos (MTE 11679)

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