Rede Estadual de Ensino: Deputada pede suspensão da aplicação do novo Plano de Carreira

Rede Estadual de Ensino: Deputada pede suspensão da aplicação do novo Plano de Carreira
Foto Eduardo Carvalho

A deputada Sofia Cavedon, presidente da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa do RS, foi nesta quarta-feira (01) ao Palácio Piratini pedir ao governador que reabra o diálogo sobre os dias parados na greve e já recuperados pelos professores e que suspenda a aplicação do novo Plano de Carreira do Magistério Estadual que, para além dos descontos realizados em março, provocará uma redução nominal de salário e agravará a situação dramática que  já vive a categoria aprofundada pela pandemia do Covid-19 (Coronavírus).

Conforme a deputada, que conversou com o Secretário de Educação por telefone, é de que, além das novas regras do Plano, o desconto previsto para abril será retroativo a março, tornando mais grave o impacto no salários dos professores. “Peço ao governador que tenha a sensibilidade de suspender a aplicação do novo Plano para que possamos construir, categoria, parlamento e governo, uma modulação no tempo, de modo a não reduzir salário e para isso é fundamental uma mesa de negociações. Nesses dias dramáticos em que todos temos que centrar esforços na prevenção por isolamento social, em que todas as políticas se voltam para a garantia de renda e de estrutura de saúde, em que os professores estão fazendo cursos online, designados pela Seduc, e que seus estudantes estão recebendo orientação à distância, medidas como essa tiram as condições materiais e sociais de chegarmos a ter sucesso nessa guerra contra o inimigo mortal Covid-19”, ressaltou a parlamentar.

Sofia também denunciou ao Ministério Público de Contas na terça-feira, 31, os descontos abusivos nos contracheques dos professores e trabalhadores em Educação e fez um apelo público  nesse mesmo dia ao governador Leite, ao Líder do Governo na Assembleia e ao MP de Contas. “A categoria já recuperou os dias parados e eles continuam descontando. Já solicitamos através das Comissões de Educação, Direitos Humanos e Serviço Público, para reavaliar e renegociar esse dias e não houve nenhum espaço de mediação para reabrir o diálogo que está sendo pedido pelo Cpers e reforçado  por nós”, salienta a parlamentar.

Texto: Marta Resing (MTE 3199)