Um grupo de lideranças de Santa Maria tem demostrado indignação à ameaça da duplicação da RSC-287, no trecho Santa Maria-Novo Cabrais, ocorrer muito tempo depois do previsto ou sequer ocorrer. Conforme informações divulgadas na imprensa, o governo do Estado, agora, trabalha com a data de 2040 para o início das obras, 10 anos mais tarde do que o divulgado originalmente.
Para tentar resolver o impasse, uma reunião foi realizada na última semana. No encontro, que teve a participação do presidente da Câmara de Comércio, Indústria e Serviços de Santa Maria (Cacism), Luiz Fernando Pacheco, dos deputados estaduais Valdeci Oliveira (PT) e Giuseppe Riesgo (Novo), do vice-reitor da UFSM, Luciano Schuch, e de representantes de outras entidades do setor empresarial e comercial local, foi defendida de forma unânime a criação de um forte movimento de reação a esses anúncios. Várias iniciativas foram encaminhadas. A primeira tarefa definida pelo grupo é, nesta segunda-feira (9), se reunir com o secretário estadual de Parcerias, Bruno Vanuzzi, que tem atividades previstas em Santa Maria na próxima segunda-feira (9). Também na semana que vem, os deputados estaduais da cidade vão em busca de informações sobre o tema junto aos representantes do governo do Estado, em Porto Alegre. Ainda foram previstas a organização de um ato regional de apoio à duplicação, que contará com a presença de prefeitos, vereadores e lideranças de toda a Região Central e a ida de uma comitiva de lideranças santa-marienses a Porto Alegre para um audiência com o governador Eduardo Leite. “Temos de levar uma representação da cidade para dialogar diretamente com o governador. Até o nosso arcebispo tem de ser convidado a reforçar o grupo”, defendeu Valdeci.
Além de desaprovarem as mudanças no projeto da duplicação da 287, as lideranças santa-marienses protestaram contra a forma como isso foi divulgado, pela imprensa, sem nenhuma reunião ou combinação a respeito. “Todos fomos pegos de surpresa. O governador havia se comprometido com duplicação na campanha eleitoral e, depois, já durante o exercício do seu mandato. O componente da segurança tem que entrar na discussão. Até a rodovia atingir os indicadores de trafegabilidade mencionados, vai morrer gente todo dia lá”, lembrou Pacheco.
Além do presidente da Cacism, dos deputados estaduais e do vice-reitor da UFSM, também participaram da reunião representantes do Fórum das Entidades Empresariais, CDL, Sindigêneros, Sindilojas, Sinduscon, entre outras entidades.
Texto e fotos: Tiago Machado