Zé Nunes reafirma defesa à educação pública

Zé Nunes reafirma defesa à educação pública
Foto: Joaquim Moura

O deputado Zé Nunes utilizou uma comunicação de liderança da bancada do PT durante a sessão plenária desta quinta-feira (28) para tratar sobre vídeo que o governador Eduardo Leite apresentou há dois dias, falando sobre “as verdades do plano de carreira do magistério” e o pacote de medidas do governo do Estado. O parlamentar fez um apelo para que o governador não retire as oportunidades das novas gerações.

Segundo Zé Nunes, no vídeo que o Piratini disponibilizou, o governador diz que o plano é velho, que não serve mais e que há um “apego demasiado” por parte do magistério.  No entanto, pondera Nunes, Leite está mexendo com as vidas de milhares de famílias. “Eu queria ver se ele fosse professor, dando aula há 10 anos, e dissessem que ele perderia seus direitos. Se pegássemos as contradições do que o governador disse na campanha e o que fala agora vemos um verdadeiro absurdo”, disparou, lembrando que no Rio Grande do Sul, se tem uma coisa que os gaúchos prezam, é o uso da palavra. Para o parlamentar, se o governador não conhecia a realidade do estado, se não tinha condições de assumir o desafio, que não se candidatasse. “Deveria primeiro ter analisado profundamente as contas do estado, a situação financeira do estado e a partir daí fazer as suas proposta na campanha política”.

Segundo o deputado, pouco ou quase nada do que foi dito na campanha de Eduardo Leite se efetivou nestes 11 meses de governo. As mudanças profundas que o governador quer fazer no plano de carreira dos servidores acabam com a possibilidade de carreira pública. “É terminar a carreira do magistério, criar uma carreira totalmente precarizada em um sistema de contratação emergencial, onde se contrata o professor em março e demite em dezembro, ganhando R$ 1.400 por mês, sem nenhuma condição de exercer a profissão com qualidade e dignidade”.

No vídeo divulgado esta semana, o governador afirma uma inverdade. Diz que quem começa com contrato de 40 horas, ganha R$ 1.200. Depois fala em completivo e utiliza truques de linguagem que faz parecer que o professor entra com R$1.200 e passa a receber R$ 2.557. O que não seria verdade. “O governador faz o completivo e bota a parcela autônoma como grande vantagem, mas isso representa o congelamento do salário da maioria dos professores para mais de 10 anos. É muita inverdade dita em um vídeo. Os partidos aliados deveriam avisá-lo de que não está ajudando porque está falando tantas inverdades flagrantes fáceis de serem desmentidas”.

Zé Nunes observou que os gaúchos que podem pagar escolas particulares são minoria e o sucateamento do ensino público terá reflexos profundos na formação dos cidadãos do RS. “Não existe desenvolvimento sem uma boa base na educação. As oportunidades para essas novas gerações, que devem fazer a diferença no nosso estado, estarão comprometidas. O senhor, governador, que estudou, que vai para os estados unidos, que é filho de professor universitário e teve todas as oportunidades vai negar oportunidades para as próximas gerações?”.

Foto: Joaquim Moura

Texto: Claiton Stumpf  MTb 9747