terça-feira, 26 novembro
Foto Marcelo Antunes

Lançada no início de outubro, a Comissão Especial do Câncer Infantil e Adolescente (CECIA) da Assembleia Legislativa realizou mais uma visita técnica a uma unidade gaúcha de oncologia pediátrica. Tendo por objetivo conhecer as diferentes realidades, procedimentos, possíveis gargalos e demandas, desta vez o grupo, formado pelos deputados Valdeci Oliveira, Dr. Thiago e assessorias da comissão e do mandato da deputada Franciane Bayer estiveram no Centro de Tratamento da Criança com Câncer (CTCriaC) do Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM), nessa quinta-feira (21).

Recebidos pela chefe da unidade, Virginia Maria Coser, e pelo chefe da divisão de apoio e diagnóstico terapêutico, Itamar Riesgo, os parlamentares conheceram os serviços oferecidos pelo CTCriaC e os protocolos utilizados no Centro, que é referência no estado. “Sem dúvida é um trabalho de grande relevância não só para a região, mas que precisa, assim como outras unidades que atuam no tratamento do câncer infantil no estado, de apoio para qualificar ainda mais o atendimento prestado a população”, avaliou Valdeci. Para o parlamentar, entre as medidas, nesse sentido, estaria a abertura dos leitos Hospital Regional, pronto há três anos, mas que até o momento não iniciou suas atividades de média e alta complexidade. A posição é a mesma do doutor Itamar Riesgo. ” O que acontece hoje é que tudo acaba caindo no HUSM. Com os leitos do Regional abertos, a superlotação quase que permanente do Universitário vai deixar de existir, melhorando a condição de atendimento em todas as áreas”, complementou Valdeci.

Segundo os relatos feitos na visita, dentre os problemas enfrentados hoje pelo Centro, também estão a burocracia para a efetivação dos encaminhamentos de pacientes, em que mais de 30% são feitos pelos municípios, atraso em diagnósticos, entraves na rede de assistência, pouca aproximação da atenção básica – que é a “porta de entrada” – com o Hospital (o que é considerado fundamental no tratamento oncológico) e logística na continuidade de tratamentos. “”A urgência é fundamental. A demora resulta em tragédia. Quem tem leucemia aguda não pode esperar”, ressaltou a doutora Virginia Coser.

Por solicitação de Valdeci, o corpo técnico do CTCriaC irá elaborar um documento listando os entraves que precisam ser enfrentados, além de sugestões que podem ser utilizadas para o aprimoramento do fluxo de comunicações e informações entre os vários entes que operam o sistema público de saúde. A partir disso, avalia Valdeci, se buscará, tanto por meio da Comissão de Saúde da Assembleia como pela Comissão Especial do Câncer Infantil e Adolescente, viabilizar o apoio às demandas. “O que vimos hoje aqui é que o Hospital Universitário de Santa Maria, pelo trabalho que vem realizando, merece, por parte de toda a sociedade, uma homenagem por dia. Assim como o HUSM vem fazendo a parte dele, os agentes públicos precisam cumprir com a sua responsabilidade”, pontuou.

Também foram visitadas diversas alas do CTCriaC, entre elas a de internação, exames, tratamento, brinquedoteca, acolhimento e refeitório, cujas refeições para os pequenos pacientes e seus familiares são subsidiadas. .  O Centro possui 18 leitos, recebem em média 200 novos pacientes por ano e é autossuficiente na realização de exames.

Texto: Marcelo Antunes (MTE 8.511)

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