O deputado Pepe Vargas utilizou um tempo de liderança na sessão plenária desta terça-feira (29) para defender o IPE Saúde. O parlamentar, que é relator da Subcomissão em defesa do IPE Saúde, fez o levantamento dos inúmeros problemas que os servidores enfrentam para obterem assistência à saúde. Conforme Pepe, os segurados têm enorme dificuldade para conseguir consultas para algumas especialidades e quando consegue são submetidos a pagar valores de diferença muito acima do previsto na tabela do IPE Saúde. Quando precisam de cirurgia, têm que pagar adiantado a anestesia e depois demoram a para serem ressarcidos e quando são, são ressarcidos de apenas um percentual. E estamos falando de servidores que há cinco anos não tem sequer a reposição da inflação em seus salários. Em muitas cidades há ausência de plantão pediátrico, escritórios fechados em vários municípios, obrigando os servidores a se deslocar a outros municípios, tendo mais despesas para poder ter seus direitos. “Estamos falando de um instituto que é responsável pela assistência à saúde de 1,1 milhão cidadãos e cidadãs do Rio Grande do Sul, 10% da população gaúcha e, pasme, apesar da importância, só no mês de junho o governador nomeou o presidente do IPE Saúde”, lamentou.
Pepe observou também que a autarquia IPE saúde foi criado em 2017, quando Sartori separou a previdência da saúde. “O problema é que a autarquia sequer está implantada. Não foi implantado o corpo técnico. São em torno de 40 funcionários para atender a todo o estado e é óbvio que é humanamente impossível atender de forma adequada. O conselho deliberativo, apesar de tudo isso, sequer foi instalado. E estamos há quase um ano que o governo do estado assumiu”, disparou.
Pela proposta de reestruturação do estado, serão excluídos os dependentes dos servidores. Também será extinto o conselho deliberativo. O atraso nos repasses chegam a 180 milhões. São R$ 637 milhões de cobranças administrativas da cota patronal que até hoje não foi pago. “Levamos para a mesa diretora e pelo menos a Assembleia Legislativa, o Ministério Público, a Defensoria Pública, o IRGAe a OSPA acertaram os atrasados, mas o executivo e o judiciário ainda não acertaram os atrasos”, criticou o deputado.
Outro problema levantado pelo parlamentar são os imóveis que o estado está se apropriando para vender e fazer caixa. São 218 imóveis, e 44 deles já estão alienados. “Pelas informações que temos, os hospitais que atendem pelo IPE tem atrasos que chegam a R$ 250 milhões então está na hora dessa Casa e o governo do Estado se debruçarem sobre estes problemas”.
Texto: Claiton Stumpf (MTB 9747)