sábado, 23 novembro
Foto Marta Resing
Deputada Sofia insistiu para que os trabalhadores fossem recebidos
Em reunião com as deputadas Sofia Cavedon (PT) e Luciana Genro (PSOL), e o deputado Jeferson Fernandes (PT), integrantes e presidente da Comissão de Segurança e Serviços Públicos da Assembleia Legislativa, o prefeito de Porto Alegre, Marchezan Júnior, afirma que decisão sobre o Imesf já está tomada e anunciada e mantém a falta de diálogo com os trabalhadores.
Conforme a deputada Sofia Cavedon, que está apoiando a categoria na luta contra a demissão em massa na Saúde da capital, o Prefeito foi categórico ao dizer que irá fechar o Imesf, sem nem mesmo usar os prazos para entrar com recurso na ação. “Ao contrário, diz que vai mudar o sistema de atendimento, mas não informa a proposta. Sabemos que a intenção é firmar contrato com empresas terceirizadas”, diz a parlamentar.
A deputa insistiu na reunião para que o Prefeito receba o Sindicato, o Conselho Municipal de Saúde e a representação dos trabalhadores do Imesf, para buscar alternativas que não sejam avassaladoras aos trabalhadores e trabalhadoras do Instituto, mas Marchezan condicionou essa audiência com o encerramento da greve. “Isso é uma chantagem, é uma forma que não ajuda, só acirra, não distensiona. É justo que os trabalhadores queiram saber o que vai acontecer e que participem do encaminhamento da situação”.
Sem alternativas, sem reunião marcada, a deputada solicitou que o Prefeito formalize junto à Comissão de Segurança e Serviços Públicos, qual é a proposta do governo para resolver o fechamento do Imesf. “Para nós a privatização total da estratégia da saúde da família não é a solução”, enfatiza a parlamentar.
O Instituto Municipal de Estratégia de Saúde da Família (Imesf) de Porto Alegre foi criado em 2011, sendo que este ano o Supremo Tribunal Federal manifestou a inconstitucionalidade da medida. Desde então 1,8 mil trabalhadores estão ameaçados de demissão com a decisão do prefeito de fechar o instituto.

Texto: Marta Resing (MTE 3199)

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