Deputado Zé Nunes reafirma luta pela cadeia leiteira

Deputado Zé Nunes reafirma luta pela cadeia leiteira
Foto Joaquim Moura

Audiência pública que tratou da cadeia produtiva do leite, especialmente das consequências das Instruções Normativas 76 e 77 do ministério da Agricultura e da conjuntura dessa atividade no último período. O tema foi discutido em audiência pública, na manhã desta terça-feira a partir de proposição dos deputados Edegar Pretto, Jeferson Fernandes e Zé Nunes do PT, Elton Weber, do PSB, e Edson Brum, do MDB. O encontro contou com a presença de representações de mais de 60 municípios.

De acordo com o parlamentar, que é coordenador do Grupo de Trabalho sobre a Cadeia Leiteira, atividade leiteira é desenvolvida em 96% dos municípios gaúchos e 95% deles, pela agricultura familiar. A crise do setor, afirma o parlamentar, se iniciou com a Operação Leite Compensado, que prejudicou a imagem do produto gaúcho em São Paulo Rio de Janeiro. Em seguida os decretos estaduais estimularam o RS a ser um ponto de entrada do leito do Mercosul em um sistema de incentivo baseado apenas na ideia fiscal, o que prejudicou o setor produtivo. “Tivemos o abandono de 35 mil famílias do Rio Grande do Sul e perdermos E perdemos o posto de segunda bacia leiteira para o Paraná. Sempre fomos a segunda maior bacia leiteira, só perdíamos para Minas Gerais”.

No início do ano, quando Bolsonaro assumiu, revogou medida anti-dumping que protegia o mercado interno contra o produto que vinha do mercado europeu, cujo subsídio à agricultura familiar equivale a um terço do PIB do agronegócio no Brasil. “Isso prejudicou, tanto que já temos R$ 600 milhões a mais em importação que no ano passado e isso tem prejudicado e desestimulado os produtores”, afirmou Zé Nunes.

Mas o foco principal da discussão na audiência pública, segundo o deputado, ficou nas instruções normativas que, segundo estimativa do setor, deve tirar até o início de novembro, perto de 20% das famílias que produzem leite no estado do Rio Grande do Sul. Somente no Sul do estado, 40% das famílias deixarão de produzir leite. “Hoje estivemos junto ao governador e queremos reforçar a importância do governo do estado se envolver com essa pauta e colocar junto ao Ministério da Agricultura e que peça que essas instruções normativas sejam suspensas para que os nosso produtores ganhem tempo para se adaptar e não abandonem a produção”.

Texto: Claiton Stumpf (MTB 9747)