(Foto:William Schumacher)
Nesta quinta-feira (12), o deputado Pepe Vargas ocupou a tribuna em seu segundo Grande Expediente, desta vez para prestar uma Homenagem aos 20 anos de criação da Secretaria Estadual do Meio Ambiente. Durante o período regimental, o deputado defendeu a necessidade de se aprofundar o debate da temática ambiental.
Para homenagear os 20 anos da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (SEMA) de deputado Pepe Vargas convidou o ex-governador Olívio Dutra, Claudio Langone, primeiro secretário da SEMA, e funcionários: “O objetivo é relembrar esse marco histórico para as políticas ambientais do estado e homenagear os responsáveis por este importante marco institucional do setor no Rio Grande do Sul. É também uma oportunidade de refletir sobre a atual política ambiental no estado e País”, justificou.
O deputado frisou que para oferecer produtos úteis à vida cotidiana, a indústria, a agricultura e outras atividades econômicas precisam de água, energia e matérias-primas arrancadas da natureza. Com maior ou menor intensidade, estas atividades deixam inevitavelmente passivos ambientais e consomem recursos naturais renováveis e não renováveis, por isso, políticas públicas voltadas ao meio ambiente se tornam necessidades prementes.
Pepe recordou que até 1988, o Rio Grande do Sul era um dos poucos estados do país que não tinha uma secretaria de meio ambiente. “Foi no governo Olívio Dutra, que ela começa a existir. Vinte anos depois, as decisões do Governo Olívio na área ambiental se tornam determinantes na preservação e nas políticas ambientais do estado”.
O deputado lembrou a desconstituição das políticas de defesa ambiental no governo Bolsonaro, cuja evidência trágica é o recorde de queimadas na Amazônia. A escalada de liberação de novos agrotóxicos e do uso abusivo dessas substâncias, com efeitos nocivos sobre a saúde humana, sobre os animais, sobre o solo e os recursos hídricos. A fusão, na estrutura do governo do estado, da área de infraestrutura e da área ambiental, conflitivas muitas vezes, sob uma só secretaria. “Vivemos tempos de precarização dos órgãos ambientais, como a tentativa de extinção da fundação zoobotânica, hoje funcionando por meio de liminar, e a insuficiência de recursos humanos e materiais da FEPAM, num momento em que investimentos objeto de polêmicas ambientais estão à espera de licenciamento, como a Mina Guaíba e a mineração de chumbo em Caçapava do Sul”, argumentou.
O deputado encerrou o Grande expediente, citando uma frase proferida pelo Papa Francisco em 2014, durante a II Conferência Internacional de Nutrição, em Roma, quando falava dos impactos das mudanças climáticas sobre a produção de alimentos: “Deus perdoa sempre, o homem perdoa às vezes, a natureza não perdoa nunca.”
Texto: Vania Lain