(Foto: Joaquim de Moura)
“O governo diz que precisa cortar no orçamento as bolsas de pesquisa. Essa é uma escolha equivocada porque atinge a juventude brasileira no seu tempo de pesquisa e de formação, mas equivocada também pelo retrocesso na ciência, na produção de soluções, na pesquisa do Brasil”. Com essa afirmação, a deputada Sofia Cavedon abriu o seu pronunciamento na tarde desta quinta-feira (5), durante a sessão plenária da Assembleia Legislativa, em tempo de liderança, sobre os cortes na Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).
Conforme a deputada, os cortes na Capes anunciados pelo governo federal resultaram em 5.613 bolsas de mestrado e doutorado extintas em todo o país. O número é ainda maior se considerado o período desde o início do ano, quando 11.800 bolsas foram impedidas de iniciar. Isso significa que R$ 4 milhões que financiariam a pesquisa no Rio Grande do Sul deixarão de entrar. “Os jovens demoram ainda mais para ingressar no mundo do trabalho. A Economia patinando e a juventude precisa, neste período de transição, de um suporte, pois está desempregada e sem renda devido a uma escolha política e de gestão do presidente da república”, afirma.
Sofia lembrou também que as universidades federais têm anunciado medidas para suportar o contingenciamento. Entre elas, citou a parlamentar, o reitor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Rui Vicente Oppermann, tem afirmado que os cortes inviabilizarão muitos cursos de pós-graduação e programas poderão ficar sem alunos. “O Brasil vai ficar ainda mais atrasado no campo da ciência, tecnologia e inovação e a nação levará anos para se recuperar”, afirmou a deputada.