Fernando Marroni e Fábio Branco homenageiam UPEL e FURG pelo cinquentenário

Fernando Marroni e Fábio Branco homenageiam UPEL e FURG pelo cinquentenário
Crédito Joaquim Moura
Em um mesmo Grande Expediente Especial, realizado na sessão da tarde desta quinta-feira (22), os deputados Fernando Marroni (PT) e Fábio Branco (MDB) dividiram a tribuna para homenagear o cinquentenário de duas instituições fundamentais para a Região Sul do Estado: a Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e a Universidade Federal de Rio Grande (FURG). Além de serem reconhecidas como centros de excelência na produção de conhecimento, as duas universidades são fundamentais na organização social da região, oferecendo serviços públicos nas áreas da saúde, educação, cultura e promoção da cidadania.
A UFPel oferece 96 cursos de graduação e 44 cursos de pós-graduação, contando com 2500 servidores e cerca de 20 mil alunos. Já a FURG acolhe 12.500 alunos em 62 cursos de graduação, sete de pós-graduação, 33 de mestrado, 13 de doutorado e 11 residências.
Servidor da UFPel e ex-prefeito de Pelotas, Marroni sustentou que o papel das duas universidades ultrapassa os seus muros e é fundamental para o desenvolvimento da Região Sul e para a qualidade de vida da população. “A FURG e a UFPel possuem hospitais 100% SUS. O Hospital Escola da UFPel conta com 175 leitos. Ele administra cinco unidades básicas de saúde, além de serviços de odontologia”, elencou o petista, ressaltando ainda a importância do Centro de Pesquisas Epidemiológicas Professor Amílcar, referência internacional em saúde coletiva.
Avaliada como segunda melhor universidade federal do Rio Grande do Sul, a UFPel está entre as mil melhores do mundo. Oferece assistência judiciária gratuita à população de baixa renda, atua na preservação do patrimônio histórico e se notabilizou por formar mais mulheres do que homens. “A UFPel se orgulha de promover a igualdade de gênero em todas as instâncias. A primeira engenheira agrônoma do Brasil foi formada pela Universidade Federal de Pelotas”, destacou o petista.
Marroni afirmou ainda que, no “momento de veneração à ignorância, às fake news e à anticiência, a universidade é um forte polo de resistência”. “Não é possível aceitar o desatino que cortou 30% do orçamento da educação, rompendo com um processo de expansão do ensino superior e médio. O resultado disso pode ser o esvaziamento da capacidade de produzir conhecimento e a redução dos serviços à comunidade”, criticou.
Crédito Joaquim Moura
Referência
Segundo a ocupar a tribuna para homenagear as duas universidades, o emedebista Fábio Branco traçou a trajetória percorrida pelas duas instituições, da criação no final da década de 1960 a partir da fusão de instituições existentes, ao papel imprescindível desempenhado na atualidade em diversas áreas de atuação. Avaliou, especialmente, o impacto na vida da comunidade gerado por programas de extensão, como o Centro de Convivência Meninos do Mar, que atende crianças e adolescentes em vulnerabilidade; o Museu Oceanográfico, que mantém uma exposição permanente sobre a vida marinha; e o Centro de Habilitação de Animais Marinhos, todos desenvolvidos pela FURG.
Branco, que já foi prefeito de Rio Grande, abordou ainda as ações desenvolvidas pelo Núcleo de Desenvolvimento Econômico e Social, que fomenta o desenvolvimento de micro e pequenos empreendimentos, do Centro Regional de Estudos para Recuperação de Dependentes Químicos, do Serviço de Assistência à Construção Civil, voltado à população de baixa renda, e do Hospital Universitário, que é, segundo ele, imprescindível não só para Rio Grande, mas para outros municípios da região.
Ele elencou também as contribuições da UFPel para o desenvolvimento regional, enfatizando a “capacidade de produção de pesquisa e conhecimento relevantes para o desenvolvimento da sociedade”. Citou a pesquisa, conduzida pelo médico César Victora, que associa o aleitamento materno ao aumento do QI de bebês, reconhecida internacionalmente, e pequisas realizadas na área da Agronomia.
Mesmo afirmando não ser contrário às reestruturações administrativas, Branco criticou os cortes nos orçamentos das universidades. “Qualquer solução deve ser discutida com as universidades e as comunidades em que estão inseridas. O Brasil tem realidades distintas e não pode decidir de cima para baixo em Brasília. É preciso ouvir os implicados para não afetar projetos em andamento”, ponderou.
Branco finalizou seu pronunciamento lembrando que, apesar das dificuldades enfrentadas especialmente na área da infraestrutura, em matéria de educação, a Região Sul é uma grande referência no Brasil. “Nossa população pode estufar o peito e dizer que num raio de 60 quilômetros há duas das melhores universidades do País”, finalizou.
O deputado Luiz Henrique Viana (PSDB) e as deputadas Sofia Cavedon (PT) e Luciana Genro (PT) se somaram à homenagem por meio de apartes. O Grande Expediente foi acompanhado por autoridades acadêmicas, lideranças políticas regionais e pelo secretário de Justiça e Cidadania, Catarina Paladini.

Fonte: Agência de Notícias ALRS