domingo, 24 novembro
Crédito Denis Peglow

Em conjunto com o CTG Galpão da Peonada, o deputado estadual Zé Nunes (PT), realizou na quarta-feira (19), audiência pública em São Lourenço do Sul, para discutir o mormo e a perspectiva de tornarmos o Estado zona livre da doença. “O debate sobre a doença é importante para dar transparência às informações e dialogar sobre as estratégias de sanidade animal equina, na busca do equilíbrio entre efetivação da saúde animal, proteção da saúde humana e o respeito às manifestações culturais. Cabe à Assembleia Legislativa proporcionar à sociedade discussão pública sobre a ocorrência e controle da doença no Estado, ouvindo técnicos, gestores públicos e criadores”, defendeu o parlamentar.

O cavalo está ligado à lida da pecuária, à atividades da agricultura, às tradições e à cultura campeira, portanto, está presente na vida do povo gaúcho e em todos os municípios. Segundo o IBGE (2017) o rebanho equino no Estado é de 553.191 animais. Em junho de 2015 o Rio Grande do Sul teve a primeira ocorrência da doença. Desde então a Secretaria da Agricultura (SEAPDR), tomou providências para realizar o controle, seguindo as orientações do Ministério da Agricultura (Mapa), que por sua vez segue os protocolos da Organização Internacional de Saúde Animal (OIE). De lá para cá, há uma estabilidade. E, em 2018, ocorreram algumas suspeitas, porém, nenhum caso confirmado. Em fevereiro de 2019, existem no estado seis animais positivos, mas que pertencem a proprietários que ganharam liminar na Justiça.

O mormo é uma doença infectocontagiosa de caráter agudo ou crônico que acomete, principalmente, os equídeos (cavalo, pônei, asno, burro, jumento, mula, zebra). A enfermidade é causada por uma bactéria e pode ser transmitida a outros animais e também ao ser humano. Trata-se, portanto, de uma zoonose, uma doença transmissível entre animais e seres humanos. O controle da doença exige, entre outras medidas, o isolamento da área, o sacrifício dos animais contaminados e o controle do trânsito de animais.

Participaram do debate o secretário municipal de Desenvolvimento Rural, Bruno Leitzke, o presidente da Câmara e do SINTRAF, vereador Luis Weber, vereador Turuçu, Vendel Carpes, o supervisor Regional Pelotas da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural Valmor Lansini, o chefe do Serviço de Fiscalização de Insumos e Serviços Pecuários e Saúde Animal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Luiz Otávio Amaro Silveira, o patrão do CTG Galpão da Peonada, Jorge Luiz Gama, o presidente do Sindicato Rural, Ricardo Serpa, fiscal agropecuária de São Lourenço médica veterinária, Debora Ponsati, e Inspetoria Veterinária de Camaquã, Hilson Ricardo dos Santos.

Texto: Marcela Santos (MTE 11679)

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