O deputado Fernando Marroni (PT) ocupou uma declaração de liderança na sessão plenária da Assembleia Legislativa de quarta-feira (12) para chamar a atenção para a grave crise econômica que o Brasil enfrenta. O parlamentar aproveitou o espaço também para falar sobre a Greve Geral, prevista para esta sexta-feira (14).
Para Marroni, o Brasil é uma federação em que é quase impossível implementar um projeto regional sem que se tenha apoio de um projeto nacional. Observou que o país vem de uma eleição tumultuada em que saiu vencedor um candidato que não apresentou uma plataforma de governo que não dizia em campanha o que faria pelo Brasil para enfrentar os problemas. “Já estamos assistindo a seis meses de governo e não há uma palavra de esperança para o povo brasileiro do ponto de vista do desenvolvimento econômico, da geração de emprego ou da estabilidade, coisa que o Brasil viveu nos últimos 15 anos, uma estabilidade que chegou de 2002 a 2015 a uma média de crescimento de 4,5 a 5% ao ano”.
De 2015 para cá, comentou Marroni, a média de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) é de 1,2% no PIB, o que resulta nos 13 milhões de desempregados, nos 26 milhões de trabalhadores precarizados e sem esperança. E o mercado financeiro mesmo já faz projeções pessimistas. O Bradesco, por exemplo, fez a sua terceira revisão do PIB para baixo em 1,2% de crescimento e o Itaú foi ainda mais conservador, anunciando 1% de crescimento do PIB que depois de uma recessão de três anos não representa nada para a economia brasileira. “Essa é a situação e a única panaceia anunciada pelo governo é a reforma da previdência e a cada dia fica mais claro aos trabalhadores que quem vai pagar a conta é quem ganha até dois salários mínimos porque 85% da Previdência é composta por estes trabalhadores que ganham essa faixa salarial”.
Marroni comentou que o ministro Paulo Guedes diz que com a reforma, o Brasil economizará R$ 1,2 trilhões, mas este valor será retirado das aposentadorias dos que menos ganham. “Por isso dia 14, os estudantes e trabalhadores vão às ruas para mais uma vez dizer não. Dizer que queremos uma política de desenvolvimento, de proteção e não o fim da previdência, pois o fim da previdência significa o fim do estado democrático de direito e o fim do estado de bem estar social”.
Texto: Claiton Stumpf (MTB 9747)