Para Zé Nunes, reajuste do piso e salários da direção do Banrisul é contradição

Nesta terça-feira (28), a Assembleia Legislativa aprovou por 31 a 15 votos, os nomes indicados pelo governador, para compor a direção do Banrisul. O presidente terá seu salário reajustado em 74,5%, passando de R$ 50 mil, para R$ 89 mil. Já os diretores receberão reajuste de 80%, de R$ 40 mil, receberão R$ 72 mil.

Também foi aprovado por 43 a 3 o reajuste do piso salarial de 3,43%, menos que a correção nacional, que foi de 4,61%, com discurso de que o Estado está em plena crise. Ainda nesta tarde, o governador encaminhou para a Assembleia, projeto para privatizar o setor energético, estratégico para o Estado, podendo criar um monopólio privado de energia no RS.

O deputado Zé Nunes (PT), questionou se o salário mínimo regional, neste caso, seria o culpado pela crise na economia do Rio Grande do Sul. “Mas e o robusto aumento para direção do Banrisul? Este aumento destinado às indicações para o Banrisul, financiariam quantos pequenos empreendimentos, por exemplo, indagou.

Segundo ele, o governador não apresenta propostas para alavancar a economia nem tampouco promover crescimento, e assim, reduz as possibilidades à entrega do patrimônio público, sem apresentar uma estratégia de valorização do nosso povo e das potencialidades do Estado.

“Estamos vivendo no Estado, a mesma situação do país: as novas forças políticas querem colocar como responsabilidade dos trabalhadores, as dificuldades da economia brasileira e gaúcha”, lamentou. O parlamentar lembrou que o Brasil já viveu tempos em que tinha uma política de valorização, do pleno emprego, de incentivo. “Não justifica abater a renda dos trabalhadores, afinal a economia baseia-se no mercado interno, que é a renda para o trabalhador. Liquidar com o poder de compra dos trabalhadores, é trancar a roda do desenvolvimento. Sem dúvida, hoje vivemos um dia de contradições”, defendeu.