Bancada exige votação do piso regional

Raquel Wunsch

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Crédito Vanessa Vargas. Montagem

O posicionamento de parte da base governista que, na reunião do colégio de líderes, não quis dar acordo para colocar em votação o projeto do que estabelece reajuste do piso regional foi questionada pela bancada petista na sessão plenária desta terça-feira (14) na Assembleia Legislativa. A posição, segundo os deputados do PT, é um contrassenso à medida em que a mesma base aliada do governo quer votar PDL que reajusta para R$ 123 mil o salário do presidente e de R$ 90 mil para os demais diretores do Banrisul. Os projetos não chegaram a ser votados, devido à falta de quórum.

O deputado vice-líder da bancada, deputado Pepe Vargas, reconheceu que, além dos partidos da oposição, MDB, PP, PTB e PSDB, da base de governo, concordaram em colocar o projeto na pauta, mas outros sete partidos da base não quiseram colocar em votação. Pepe comparou o esforço feito pelo governo para mobilizar a base para votar emenda constitucional que retirou o direito do povo gaúcho votar se querem ou não vender as empresas gaúchas, mas quando é para votar o piso do salário mínimo regional, o governo não consegue articular os seus deputados. “É lamentável, pois o piso regional é um fator que garante distribuição de renda, é um fator importantíssimo para a economia regional, na medida em que aumenta o poder de compra, consequentemente irrigando o comércio e se tem que pagar um salário maior também aumenta o seu faturamento e a indústria vai poder produzir mais, aumentando consumo e produção”.

O líder da bancada, deputado Luiz Fernando Mainardi, observou que o governador encaminhou uma pedido de correção de 3,43% no piso regional, índice inferior à inflação do período que foi de 4,6%. Por isso a bancada protocolou no mês de abril emenda ao projeto de lei de autoria do Executivo, propondo que o reajuste seja o mesmo concedido ao Salário Mínimo Nacional. Mainardi advertiu, no entanto, que há um movimento para acabar com o piso regional. A importância de se ter um piso para o trabalhador para a movimentação da economia, quanto isso significa na vida das pessoas ter um salário melhor, como que se viveu momentos de crescimento se não foi a partir da distribuição de renda e como se faz a distribuição se não é com salários?”, indagou, lembrando que o governador traz para a direção do Banrisul um especialista em privatização que quer ganhar 88 vezes o que ganha um professor que trabalha 40 horas semanais.

Texto: Claiton Stumpf (MTB 9747)